Neste podcast sobre rotavírus, dr. Drauzio explica os sintomas da infecção e como prevenir a transmissão.
Embora existam sete grupos diferentes de rotavírus, apenas três deles infectam os seres humanos e causam gastroenterite aguda, especialmente em crianças. Como crianças com diarréia e vômito desidratam com mais facilidade, as infecções por rotavírus apresentam morbidade muito grande.
Outra característica importante dos rotavírus é seu alto poder de contágio. Onde aparece um caso da doença aparecerão outros com certeza. Os principais sintomas são diarréia, vômitos e febre. Casos mais graves evoluem para quadros de desidratação, e podem ser fatais.
O rotavírus é transmitido por via fecal-oral, ou seja, a partir das fezes da pessoa infectada. Acontece que ele pode ficar viável nas superfícies contaminadas e passar para outras pessoas.
A lavagem cuidadosa das mãos é o segredo para diminuir o risco de transmissão do rotavírus. Por isso, quem manipula a criança com diarréia deve lavar as mãos com máximo cuidado para evitar o contágio. Além disso, é preciso manter em boas condições de higiene as superfícies que possam ter sido contaminadas pelo vírus eliminado pelas fezes da criança doente.
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Quando são duas, três, quatro evacuações por dia, a criança pode ser tratada em casa com soro caseiro ou com outro soro de hidratação oral. A receita do soro caseiro é muito simples: dilua em um litro de água fervida ou filtrada uma colher rasa de chá de sal; e uma colher de sopa, também rasa, de açúcar. Misture bem, e ofereça à criança em pequenas doses continuamente.
Vamos repetir:
– 1 litro de água filtrada ou fervida;
– 1 colher rasa de chá de sal;
– 1 colher de sopa, rasa também, de açúcar.
Casos mais graves precisam de atendimento em ambiente hospitalar, com hidratação por via intravenosa (soro dado na veia). A experiência tem mostrado que, quando o tratamento é bem conduzido, os doentes são curados e a mortalidade por rotavírus cai para praticamente zero.