Campanha de imunização contra o vírus influenza em 2021 é adaptada para não atrapalhar a vacinação contra a covid-19
Começou ontem (12/04) a campanha nacional de vacinação contra a gripe na rede pública de saúde. A campanha busca prevenir a contaminação pelo vírus influenza, um dos principais causadores de doenças respiratórias no país, e deve se estender até 9 de julho.
Este ano, porém, o Ministério da Saúde alterou a ordem dos grupos prioritários para evitar conflitos com o calendário de vacinação contra a covid-19. Em 2021, serão três fases:
- 1° fase (de 12/04 a 10/05): crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas e profissionais da saúde;
- 2° fase (de 11/05 a 08/06): idosos e professores;
- 3° fase (de 09/06 a 09/07): demais grupos, como pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros da Forças de Segurança e Salvamento e das Forças Armadas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos em medidas socioeducativas.
Por não existirem estudos sobre a aplicação conjunta da vacina contra a gripe e contra a covid-19, é recomendado que os imunizantes sejam aplicados com um intervalo de, no mínimo, 14 dias. Se houver a possibilidade, a vacina contra o novo coronavírus deve ser priorizada – sem esquecer a da gripe após o período indicado.
No contexto atual, a vacina contra a influenza é ainda mais importante para evitar a ocorrência de duas epidemias ao mesmo tempo, visto que o sistema de saúde brasileiro já está bastante sobrecarregado. Além disso, pode facilitar o diagnóstico de covid-19, considerando que os sintomas das duas doenças são bem parecidos.
Na hora de tomar a vacina, o ideal é evitar horários de pico nos postos de saúde, levar apenas um acompanhante (se necessário) e manter o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos com álcool gel. No período da campanha, as unidades de vacinação também farão a atualização da caderneta de imunização. Cada município fica responsável por definir o Dia D, data em que a vacinação ocorre em vários outros locais além dos postos de saúde.
Veja também: Siga com a vacinação das crianças durante a pandemia