Como funciona o exame de histeroscopia

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Publicado em: 8 de março de 2023

Revisado em: 8 de março de 2023

Saiba quais os tipos, os cuidados necessários e as indicações para o exame ginecológico. 

 

A histeroscopia é um exame ginecológico que serve para avaliar a parte interna do útero e investigar possíveis alterações e doenças ginecológicas. Ela é realizada com um histeroscópio, instrumento com uma câmera acoplada, que é inserido pela vagina para visualizar toda a cavidade uterina e, se necessário, retirar pequenos fragmentos de tecido e fazer biópsias. Funciona como uma endoscopia, mas em vez do estômago, serve para avaliar o útero.

Respondemos as principais dúvidas sobre o procedimento. Entenda: 

 

Quais são os tipos de histeroscopia?

Existem dois tipos de histeroscopia: a diagnóstica e a cirúrgica.

  • Histeroscopia diagnóstica: feita em laboratório, com um instrumento mais fino, para avaliar a cavidade uterina e investigar possíveis condições ou doenças ginecológicas. Se necessário, é possível remover pequenos fragmentos e fazer biópsias. Pode ser feita com ou sem sedação, conforme orientação médica;
  • Histeroscopia cirúrgica: funciona da mesma forma que a histeroscopia diagnóstica, mas nesse caso, serve para tratar alguns problemas. É feita com um instrumento maior, para remover fragmentos maiores, como miomas e pólipos grandes, por exemplo. O procedimento é realizado em centro cirúrgico com anestesia.

 

Em que casos a histeroscopia é indicada? 

A histeroscopia pode ser indicada nos casos de suspeita de pólipo uterino ou miomas, alterações do endométrio (tecido que reveste o útero internamente), suspeita de câncer de endométrio, investigação de infertilidade, investigação de sangramento uterino anormal, entre outros. 

É indicada, principalmente, para pacientes com sangramento anormal, para verificar se há algo na cavidade uterina que está causando o aumento de sangramento. 

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É um exame desagradável? 

Sim, o exame feito em laboratório, com a paciente acordada, pode ser bem desagradável. É preciso injetar um gás com soro fisiológico dentro da cavidade uterina para enxergar o interior do órgão. A histeroscopia diagnóstica pode causar cólica pélvica forte durante e depois do exame – lembrando que no caso da histeroscopia cirúrgica, sempre é utilizada anestesia.

 

Quais os cuidados antes e depois do exame?

Para realizar a histeroscopia, é necessário jejum de 6 horas. Além disso, a paciente não pode estar menstruada no dia do exame.

Após o procedimento, a recomendação é que a paciente não dirija e nem realize atividades físicas por 24 horas. Pode haver cólica e um pouco de sangramento vaginal no pós. O uso de analgésicos pode ser recomendado para alívio da dor.

Nos casos de histeroscopia cirúrgica, quando há remoção de um mioma grande, por exemplo, pode se formar tecido cicatricial na área de remoção. Por isso, em alguns casos, é recomendada a realização de uma histeroscopia diagnóstica cerca de um mês depois do primeiro procedimento, para verificar se a cavidade uterina está normal e, eventualmente, desfazer alguma aderência que tenha se formado na região. 

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Fontes: Dr. Pedro Doria, ginecologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo; Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra pela Universidade de São Paulo (USP) e médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. 

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