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Conheça os sintomas da mpox

Em geral, a varíola dos macacos ou monkeypox, tem manifestações leves e se resolve de forma espontânea. Saiba reconhecer os sintomas.
Publicado em 02/08/2022
Revisado em 19/08/2024

Em geral, a mpox tem manifestações leves e se resolve de forma espontânea. Saiba reconhecer os sintomas.

 

No dia 26 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou de “preocupante” a situação da mpox no Brasil. Nesta segunda (1/8), o Ministério da Saúde confirmou 1.369 casos, sendo 75% deles em São Paulo.

No país, a doença ainda não alcançou o status de epidemia, mas já é considerada um surto – quando há, primeiro, aumento localizado do número de casos. De acordo com a OMS, o vírus monkeypox é transmitido principalmente por:

  • Contato com secreções respiratórias ao falar, tossir ou espirrar;
  • Contato físico próximo com pessoas contaminadas que apresentem sintomas;
  • Contato com lesões e fluidos corporais;
  • Contato com materiais de uso pessoal de alguém que está infectado, como roupa de banho, roupa de cama e talheres.

Além de conhecer as formas de contaminação, para se proteger e proteger as pessoas ao seu redor, é preciso também saber identificar os sintomas da mpox. O dr. Antônio Bandeira, coordenador do Serviço de Infectologia do Hospital Aeroporto, em Salvador, explica o ciclo da doença:

 

Incubação (sem sintomas)

“Você entrou em contato com alguém contaminado, tocou, abraçou. O material do vírus passou para você. Ele não vai causar a doença imediatamente. Esses vírus precisam ganhar uma ‘adaptação’, isto é, um tempo de incubação em que eles ganham acesso a toda a maquinaria das células para poder infectá-las e se multiplicar”, afirma o infectologista.

Esse período dura entre 5 e 21 dias. Nessa janela de tempo, a doença não dá nenhum sinal, e a pessoa continua vivendo sua vida normalmente, sem sintomas e sem eliminar o vírus. 

Veja também: O avanço da mpox

 

Início dos sintomas

“A partir de um determinado ponto, seja ele no quinto dia, se for na forma mais precoce, ou no vigésimo primeiro dia, você vai começar a apresentar sintomas e contaminar outras pessoas”, destaca o dr. Bandeiras. Para a maioria dos pacientes, os sintomas aparecem entre o 7° e o 17° dia após o contágio.

É aí que começa a doença. Os sintomas clássicos são:

  • Febre acima de 38,5°C;
  • Fraqueza e mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Inchaço e dor nos gânglios (principalmente atrás da orelha e atrás da cabeça).

Segundo o especialista, é muito frequente que, nesta fase, as pessoas confundam o quadro com a dengue ou uma virose comum. “É aquela sensação de ‘nossa, estou quebrado’”, diz.

 

Surgimento das lesões

Depois de um a três dias do início dos sintomas, começam a surgir lesões na pele. Elas aparecem na cabeça, na face e no pescoço, descem pelo tronco e chegam às extremidades em um processo que pode levar até 21 dias. O dr. Bandeiras descreve a evolução das feridas:

  1. Inicialmente, elas têm o aspecto de mordidas de mosquito;
  2. Depois, viram vesículas parecidas com aquelas causadas pela catapora;
  3. As lesões crescem juntas, ao mesmo tempo e seguindo o mesmo padrão;
  4. Formam uma espécie de umbigo no centro e vão escurecendo;
  5. Quando viram crostas, caem e são substituídas pela pele normal que está embaixo.

“Só no momento em que elas caem é que você efetivamente não contamina mais ninguém, e o ciclo da doença acabou”, afirma o infectologista.

Para saber mais sobre a mpox e o surto atual da doença, ouça a entrevista na íntegra do dr. Antônio Bandeiras para o DrauzioCast clicando aqui

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Veja também: Mpox e o aumento das doenças infecciosas

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