Desmaio (síncope)

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Publicado em: 31 de maio de 2012

Revisado em: 11 de agosto de 2020

Desmaio é a perda abrupta da consciência e do tônus postural que pode ocorrer em decorrência de fatores como doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos, uso de medicamentos, entre outros. 

 

Desmaio, ou síncope, é a perda abrupta e transitória da consciência e do tônus postural (da capacidade de ficar em pé), seguida de recuperação rápida e completa.

Na maior parte dos casos, os desmaios ocorrem por causa da diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro. De modo geral, costumam ser de curta duração e bom prognóstico. Trata-se de um evento clínico comum, que atinge mais as pessoas idosas, os portadores de cardiopatias e as mulheres jovens. O problema é que, na queda associada ao desmaio, com frequência as pessoas podem sofrer traumatismos e fraturas ósseas.

 

Causas

 

O desmaio em si não é uma doença, mas pode ser manifestação de inúmeras alterações orgânicas, tais como:

  • Doenças cardiovasculares: arritmias, distúrbios hemodinâmicos, paradas cardiorrespiratórias, porque comprometem o fluxo normal do sangue para os tecidos, em especial para o cérebro;
  • Distúrbios metabólicos: hipoglicemia (falta de açúcar no sangue causada por jejum prolongado ou diabetes descompensado), anemia intensa, hemorragias, desidratação e desequilíbrio na composição dos sais minerais da corrente sanguínea;
  • Uso de medicações: diversos medicamentos, entre eles os diuréticos, podem provocar desmaios, quando usados em doses mais altas;
  • Hipotensão ortostática: a queda brusca da pressão arterial provocada pela mudança repentina de posição (a pessoa estava sentada ou deitada e fica em  pé de repente). A hipotensão ortostática frequentemente está associada à desidratação, ao uso de diuréticos a aos distúrbios cardiovasculares;
  • Outras causas: cansaço extremo, emoções súbita, nervosismo intenso, dores fortes e permanência prolongada em lugares fechados e quentes.

 

Sintomas

 

Existem alguns sintomas que prenunciam a perda da consciência e do tônus postural. Os mais indicativos são:

  • Palidez;
  • Fraqueza;
  • Suor frio;
  • Náusea;
  • Ânsia de vômito;
  • Pulso fraco;
  • Tontura;
  • Visão turva;
  • Pressão arterial baixa;
  • Respiração lenta.

 

Diagnóstico

 

É fundamental identificar a causa do desmaio para instituir o tratamento.  Além do levantamento da história e da avaliação clínica do paciente, o médico pode recorrer a exames específicos de sangue, neurológicos e de imagem.

 

Tratamento

 

Toda a pessoa que sofreu um desmaio, por mais rápido e aparentemente inofensivo que seja, deve ser levada a um serviço de saúde para avaliação o mais depressa possível.

A única coisa que se pode fazer, depois que ela recuperar a consciência e se estiver bem, é dar-lhe água, suco, chá ou água com açúcar. Sob nenhum pretexto, deve ser oferecido qualquer tipo de bebida que contenha álcool.

 

Recomendações

 

  • Se a pessoa começou a desfalecer, tente apoiá-la antes que caia. Ajude-a a sentar-se numa cadeira ou poltrona e a colocar a cabeça entre os joelhos. Peça que inspire e expire profundamente até que o mal estar passe. Não permita que se levante sozinha;
  • Se ocorreu o desmaio, deite a pessoa o mais confortavelmente possível, com a cabeça e ombros em posição mais baixa que o restante do corpo. Vire sua cabeça de lado para evitar que aspire secreções que possam sufocá-la. Nunca a faça aspirar álcool ou amoníaco nem jogue água em seu rosto para reanimá-la. Quando recobrar a consciência, não permita que se levante sozinha. Faça-a ficar alguns minutos sentada para readaptar-se à posição vertical.

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