Pólipo não é câncer, mas merece atenção especial

desenho do intestino grosso com pólipos sobre abdômen de mulher

Compartilhar

Publicado em: 20 de julho de 2023

Revisado em: 2 de agosto de 2023

Pólipos são lesões benignas que podem surgir no intestino. É preciso removê-los, a fim de reduzir o risco de câncer no intestino no futuro.

 

Os pólipos são pequenas lesões benignas que podem se originar em diversas partes do corpo, como, útero, estômago e vesícula biliar, mas é no intestino que aparecem com mais frequência. Eles ocorrem devido a multiplicação anormal das próprias células da mucosa do intestino, dando início à formação de um novo tecido e originando, assim, uma espécie de caroço ou verruga. 

São lesões comuns e diagnosticadas com bastante frequência, principalmente depois dos 50 anos, identificadas na maioria das vezes pelos exames de colonoscopia (exame que avalia a saúde do intestino grosso).

Veja também: Câncer de intestino é um dos mais frequentes no Brasil

Normalmente, os pólipos não causam nenhum sintoma específico (em alguns casos pode haver sangramento ou alterações intestinais). Dessa maneira, eles podem ficar anos no intestino sem provocar grandes danos. 

Entretanto, é importante ficar atento, pois dependendo do tipo de pólipo encontrado, há possibilidade de evoluir para um tumor gastrointestinal.

 

Por que é preciso remover os pólipos?

Pólipos não são câncer, ou seja, não são capazes de causar metástase e atingir outros órgãos. Mas isso não quer dizer que sejam inofensivos. 

Na verdade, os pólipos costumam ser classificados como lesões pré-malignas, com risco de sofrerem modificações em um período de cinco a sete anos e se tornarem um câncer no futuro, principalmente os chamados pólipos adenomatosos. Por isso, a maneira mais eficaz de reduzir essa possibilidade é removê-los; em 95% dos casos é possível retirá-los durante a própria colonoscopia. 

A cirurgia pode ser indicada em casos em que não seja possível a remoção através da colonoscopia. 

Após a remoção, o médico patologista examina as amostras de tecido e classifica-as como de maior ou menor risco de malignidade. Baseado nessa classificação, é estabelecido um protocolo de acompanhamento do paciente. 

 

Rastreamento precoce

O câncer colorretal é a terceira causa de câncer mais frequente no Brasil e se desenvolve no intestino grosso ou em sua porção final, o reto. Além dos pólipos, fatores hereditários e estilo de vida estão relacionados ao desenvolvimento desse tipo de tumor. 

Uma vez que os pólipos não costumam causar sintomas, é fundamental que os exames de rastreamento sejam feitos regularmente. A indicação da Sociedade Brasileira de Coloproctologia é que os exames de triagem – que incluem colonoscopia e teste de sangue oculto nas fezes – devem ser feitos a partir dos 50 anos de idade. Mas os indivíduos que apresentam fatores de risco para câncer de cólon e reto (histórico familiar) devem iniciar a prevenção ainda mais cedo.

 

Veja mais