Para que serve uma biópsia?

patologista analisa no microscópio material colhido em biópsia

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Publicado em: 22 de fevereiro de 2024

Revisado em: 4 de março de 2024

A biópsia é um procedimento médico comum que ajuda no diagnóstico de diversas doenças, entre elas o câncer. 

 

Muitos pacientes ficam apreensivos quando o médico, depois de um exame, recomenda que o material obtido seja levado para biópsia. Na prática médica, a biópsia é um exame bastante requisitado, já que o procedimento tem como objetivo ajudar na confirmação diagnóstica ou exclusão de alguma outra doença. 

Veja também: O que significa o score de Gleason na biópsia da próstata?

Mas saiba que além do câncer, as biópsias também são utilizadas para diagnosticar outras doenças como, tuberculose, úlceras e endometriose.

 

Como é feita a biópsia?

Na maioria das vezes, é feita no próprio laboratório ou durante um exame (colonoscopia, endoscopia, entre outros) e tudo vai depender da localização e do tecido a ser investigado (mama, próstata, pele, estômago etc.). 

É um procedimento invasivo, que necessita de anestesia local ou geral, dependendo do caso, por conta dos materiais utilizados (agulha, pinça ou bisturi). 

Dessa maneira, é removido um pedaço de tecido, fluido ou uma amostra de células para que o médico patologista consiga investigar o fragmento de tecido com o objetivo de encontrar possíveis “defeitos”. A partir dessa análise microscópica, o especialista emite um laudo que pode demorar alguns dias para ficar pronto. 

 

Por que fazer a biópsia?

Exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, são úteis na detecção de massas ou tecidos irregulares, mas por si só não conseguem dizer a diferença entre células cancerosas e células que não são cancerosas. Para isso são necessários exames mais específicos.

 

Tipos 

Todas as biópsias têm como principal objetivo retirar uma amostra de tecido ou de sangue, mas elas podem ser feitas de diferentes formas. Cabe ao médico definir quando devem ser utilizadas.

 

Biópsia por agulha: é o tipo mais simples, em que o médico insere uma agulha muito fina e oca através da pele para coletar uma amostra de células ou fluidos para o exame. 

 

Biópsia cirúrgica (excisional): este tipo é feito por meio de cirurgia para remover o tecido que o médico acredita ser câncer. O cirurgião faz uma incisão (corte) na pele para remover o tecido suspeito. A complexidade da cirurgia depende da área do corpo envolvida.

 

Biópsia de pele: o médico remove o tecido com uma lâmina cirúrgica e é indicado para suspeita de tumores de pele. 

 

Biópsia endoscópica: procedimento feito durante a endoscopia, em que o médico com o auxílio de um endoscópio (tubo flexível com uma câmera na ponta) consegue coletar amostras suspeitas, como pólipos, que são encaminhadas para biópsia. 

 

Biópsia laparoscópica: semelhante a uma biópsia endoscópica, esse tipo é usado para examinar determinadas áreas do corpo, incluindo o abdômen ou a pelve.

Neste tipo, o médico insere,  por meio de pequenas incisões, um tubo fino com uma câmera de vídeo chamada laparoscópico. Isso permite que o médico veja áreas anormais e colete amostras de tecido para exame.

 

Biópsia da medula óssea: a medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, que tem como função a produção de células sanguíneas. Dessa maneira, é feita uma aspiração com uma agulha, na parte inferior das costas, para extrair parte desse líquido da medula. O procedimento serve para investigar a presença de mielomas, leucemias e outras doenças do sangue. 

 

Biópsia líquida: menos invasiva, utiliza amostras de sangue para analisar se há a presença de células de um tumor maligno ou de fragmentos de DNA das células tumorais.

 

Biópsia no SUS e plano de saúde

Tanto o SUS como os planos de saúde devem oferecer o procedimento aos seus pacientes quando solicitados. 

Em 2019 foi sancionada uma lei que garante biópsia em até 30 dias aos pacientes com suspeita de câncer. 

 

Dói? 

A biópsia costuma ser um exame indolor, por conta da sedação. Há uma dor mínima após o efeito anestésico, mas que ainda assim, costuma ser bem tolerada pelos pacientes. 

 

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