Você tem algum distúrbio de ansiedade? | Artigo - Portal Drauzio Varella
Página Inicial
Drauzio

Você tem algum distúrbio de ansiedade? | Artigo

Publicado em 04/04/2011
Revisado em 11/08/2020

Especialistas podem identificar distúrbio de ansiedade por meio de alguns sinais demonstrados pelo paciente. Veja se você apresenta alguns desses sinais.

 

Em algum momento da vida, 20% das mulheres e 8% dos homens apresentarão distúrbio de ansiedade. Na maioria dos casos, as crises persistirão por seis meses ou mais.

A expressão distúrbio de ansiedade compreende várias condições clínicas que evoluem de forma diferente e exigem tratamento específico. Entre elas, destacam-se: síndrome do pânico, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, estresse agudo, fobias específicas, fobias sociais e distúrbio obsessivo-compulsivo.

W. Levinson e C. Engel elaboraram os quadros abaixo para orientar médicos clínicos no diagnóstico de cada um desses distúrbios. Veja se você se enquadra em alguma dessas situações:

 

Ansiedade generalizada

 

  • Você se descreve como uma pessoa nervosa?
  • Anda o tempo todo preocupado?
  • Vive tenso ou tem muita dificuldade para relaxar?

 

Distúrbio de pânico

 

  • Já teve ataque súbito de taquicardia ou de medo intenso, paralisante?
  • Já sentiu crises de forte ansiedade ou nervosismo insuportável que podem chegar ao medo de ficar louco ou à sensação de morte iminente? Algum acontecimento parece disparar essas crises?

 

Agorafobia

 

  • Você já faltou a atividades importantes por medo de permanecer em espaços abertos?

 

Fobia social

 

  • Você se inclui entre as pessoas que têm medo exagerado de serem observadas ou avaliadas por outras e fazem o que podem para não comer, falar ou escrever na frente dos outros temendo sentirem-se embaraçadas?

 

Fobia específica

 

  • Algumas pessoas experimentam medo incontrolável de altura, de avião, de elevador, cobras, morcegos, aranhas, baratas, mariposas e outros insetos. Você tem algum tipo dessas fobias?

 

Obsessão

 

  • Algumas pessoas são invadidas por pensamentos tolos, desagradáveis ou atemorizadores que se repetem sem cessar. Por exemplo: temem ferir sem intenção uma pessoa querida; sofrem desproporcionalmente por medo de que algo ruim possa acontecer a um ente amado; angustiam-se só em pensar que, um dia, possam gritar obscenidades em público, fazer gestos impróprios na presença dos outros ou contaminar-se com germes mortais. Algo assim já perturbou você?

 

Compulsão

 

  • Algumas pessoas ficam muito perturbadas por não verificar, a todo instante, se o forno está desligado, a porta fechada, os documentos no bolso, as luzes apagadas. Outras lavam as mãos a cada dez minutos, ou contam números sem parar. Isso tem sido problema para você?

 

Estresse agudo e estresse pós-traumático

 

  • Você viveu ou presenciou algum distúrbio de ansiedade, no qual sentiu a vida em perigo? Ou viu alguma pessoa nessa situação? O que aconteceu?

 

Tratamento dos distúrbios de ansiedade

 

Hoje, existem medicamentos específicos e tratamentos psicoterápicos que ajudam muito os portadores desses distúrbios.

Como regra, os casos de sintomas mais leves de distúrbio de ansiedade, recém instalados e com pequena interferência nas atividades diárias, podem receber tratamento psicoterápico exclusivo.

Nessa área, a técnica mais aplicada é a terapia comportamental cognitiva que se baseia na exposição do paciente a estímulos potencialmente criadores de estresse, garantindo situações de segurança que evitem respostas fóbicas.

Embora a psicoterapia também esteja indicada nos casos mais graves, não deve constituir tratamento exclusivo: existem medicamentos específicos para cada tipo de distúrbio de ansiedade.

O tratamento farmacológico costuma ser prolongado: geralmente é mantido por seis a doze meses, contados a partir do desaparecimento dos sintomas e, depois, descontinuado em doses decrescentes. Em casos especiais, a medicação pode ser mantida por muito mais tempo.

O distúrbio de ansiedade é provocado por desordens do sistema nervoso simpático, que libera, na circulação, quantidades inadequadamente altas dos hormônios envolvidos na reação de estresse.

Seus portadores, abandonados à própria sorte, como ocorria no passado, podem sucumbir aos sintomas causados por essas descargas hormonais e passam a levar uma vida marcada pelo medo e o isolamento.

Compartilhe