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Doenças e sintomas

Disfunção erétil: conheça os sintomas, causas e tratamento

A condição se torna mais frequente com o envelhecimento e pode causar impactos emocionais e sociais na vida do paciente

A disfunção erétil é definida como a incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para uma atividade sexual satisfatória. A condição é muito comum e pode surgir em qualquer idade, mas se torna mais frequente com o envelhecimento.

Segundo o Massachusetts Male Aging Study, 52% dos homens entre 40 a 70 anos apresentam algum grau de disfunção erétil. Acima dos 70 anos, esse índice chega a 70%, de acordo com o levantamento. Porém, o problema também vem sendo observado em homens mais jovens, com menos de 40 anos, mas muitos têm receio de buscar ajuda. 

A disfunção erétil pode ser uma manifestação precoce de problemas mais gaves, como as doenças cardiovasculares, por exemplo. Além da questão física, ela pode causar impactos psicológicos e sociais. Mas é importante destacar que a condição tem tratamento e não deve ser encarada como um destino inevitável.

 

Sintomas 

Devido à sua característica principal — não conseguir obter ou manter uma ereção – a disfunção erétil pode levar a outros sintomas, como redução da frequência sexual, evitação da intimidade com a pessoa parceira e, consequentemente, menor desejo sexual. 

Além disso, o problema pode impactar o orgasmo, favorecer a “ansiedade de desempenho” e causar impactos emocionais como frustração, insegurança e perda de autoestima.

Ouça: DrauzioCast #176 | Disfunção erétil

 

Causas da disfunção erétil

As causas da disfunção erétil podem ser físicas ou emocionais e incluem: doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, alterações hormonais, estresse, ansiedade, depressão, uso de alguns medicamentos e histórico de cirurgias pélvicas, como as de próstata.

O tratamento do câncer de próstata pode prejudicar a função erétil, especialmente após a cirurgia de prostatectomia (remoção da próstata) ou radioterapia. No entanto, esse risco também depende de fatores como idade, saúde e função sexual prévias, além da técnica utilizada. A maioria dos casos pode ser manejada com tratamentos pouco complexos. 

Entre os fatores que aumentam o risco da doença estão tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, envelhecimento e uso de drogas lícitas e ilícitas.

 

Diagnóstico 

O diagnóstico da disfunção erétil é feito por meio de consulta médica, exame físico e exames laboratoriais, com investigação de causas clínicas, hormonais e psicossociais.

 

Tratamento da disfunção erétil 

O tratamento da disfunção erétil deve ser individualizado e inclui mudanças de hábitos, controle de doenças associadas, psicoterapia quando indicada e uso de medicamentos, como os inibidores da fosfodiesterase tipo 5.

Outras opções são injeções intracavernosas, dispositivos de vácuo, terapias inovadoras e, nos casos em que os demais tratamentos não foram suficientes, há também a prótese peniana.

Idealmente, o acompanhamento do paciente deve ser multidisciplinar, focado em restaurar a função erétil e a qualidade de vida como um todo. 

Veja também: Quais os riscos do uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil?

 

Recomendações para lidar com a disfunção erétil

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reforça que: 

  • A disfunção erétil é uma condição frequente, tratável e que pode ser um importante sinal de alerta para outras doenças;
  • Manter bons hábitos de vida e revisões periódicas ao longo da vida são fatores importantes para a longevidade geral e sexual, além de ajudar a prevenir doenças;
  • Ao procurar atendimento médico especializado, o homem não apenas trata de sua saúde sexual, mas também tem a oportunidade de prevenir complicações maiores, incluindo cardiovasculares e metabólicas;
  • Cuidar da saúde sexual é cuidar da saúde como um todo.

 

Fontes: Bruno Nascimento, Giuliano Aita, Tiago Mierzwa, Rachel Costa, Dimas Antunes e Leonardo Messina, membros do Departamento de Andrologia, Reprodução e Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

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