Câncer de endométrio

Câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes que acomete principalmente mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos. 

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Publicado em: 24 de julho de 2012

Revisado em: 5 de abril de 2021

Câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes que acomete principalmente mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos. 

 

O endométrio é um tecido altamente vascularizado que reveste a parede interna do útero. Câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Ele acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos. As estatísticas mostram que somente 20% das pacientes estão na fase de pré-menopausa e, apenas 5% têm idade inferior a 40 anos.

Os carcinomas (80%) e os sarcomas (20%) constituem os tipos mais comuns do câncer de endométrio. Desde que diagnosticados precocemente, eles são curáveis em 90% dos casos.

 

Fatores de risco

 

São considerados fatores de risco para o câncer de endométrio:

  • Obesidade e dieta rica em gordura animal;
  • Condições que favorecem o aumento dos níveis de estrogênio no organismo e menor (ou nenhuma) produção de progesterona, hormônio que protege o endométrio contra o crescimento anormal, tais como:
  • Terapia de reposição hormonal de estrogênio sem associação de progesterona;
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Anovulação crônica;
  • Nuliparidade (nunca ter dado à luz) ;
  • Idade precoce da primeira menstruação e menopausa tardia;
  • Uso de tamoxifeno no tratamento de tumores de mama;
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Histórico pessoal ou familiar de tumores produtores de estrogênio e de câncer de mama, ovário, cólon ou endométrio;
  • Hiperplasia endometrial, que pode ser benigna ou apresentar células atípicas classificadas como pré-malignas.

 

Sintomas

 

São sinais indicativos do câncer de endométrio:

  • Sangramento vaginal no período pós-menopausa ou, na pré-menopausa, com frequência e intensidade diferentes das menstruações habituais;
  • Dor ou sensação de peso na pélvis (bacia);
  • Corrimento vaginal branco ou amarelado (leucorreia) na pós-menopausa, que advém algum tempo antes do sangramento.

Quando o tumor maligno de endométrio já se disseminou por outras áreas do corpo (metástases extra-uterinas), os sintomas podem estar correlacionados com o grau de comprometimento do órgão atingido. Por exemplo: obstrução dos intestinos e da bexiga, tosse e dificuldade para respirar (pulmões), icterícia (fígado), gânglios inchados (linfonodos) e tumores na vagina ou na cavidade peritonial.

 

Diagnóstico

 

De maneira geral, o exame clínico só revela a presença de câncer de endométrio nas fases mais avançadas. No entanto, sangramentos uterovaginais, em especial na pós-menopausa, são indícios que exigem uma avaliação ginecológica completa.

Para realizá-la, os seguintes exames de imagem são de fundamental importância: ultrassonografia, curetagem e histeroscopia. Este último permite visualizar o interior do útero e retirar uma amostra de material para biópsia.

 

Tratamento

 

Uma vez diagnosticado o câncer de endométrio, é preciso determinar a fase em que se encontra a doença: se o tumor está circunscrito no útero ou se afetou outros órgãos. Essa avaliação é essencial para definir a conduta terapêutica a ser adotada.

Nos estágios iniciais, o tratamento cirúrgico é o mais indicado. Em geral, ele inclui a retirada do útero, das trompas e dos ovários e também a remoção dos linfonodos, quando necessário.

Conforme as características de cada caso, depois da cirurgia, a recomendação é introduzir tratamentos adjuvantes complementares como quimioterapia, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia.

 

Recomendações

 

  • O exame de Papanicolaou não é suficiente para detectar precocemente o câncer de endométrio. A prevenção exige um acompanhamento médico sistemático e periódico;
  • Menstruações após os 50 anos, especialmente se estiverem associadas a obesidade e diabetes, é o principal fator de risco para o câncer de endométrio;
  • Pacientes mais jovens, que apresentam a doença nos estádios iniciais e ainda desejam ter filhos, devem consultar um especialista em fertilização assistida.

 

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