Pólipos são lesões benignas que podem surgir no intestino. É preciso removê-los, a fim de reduzir o risco de câncer no intestino no futuro.
Os pólipos são pequenas lesões benignas que podem se originar em diversas partes do corpo, como, útero, estômago e vesícula biliar, mas é no intestino que aparecem com mais frequência. Eles ocorrem devido a multiplicação anormal das próprias células da mucosa do intestino, dando início à formação de um novo tecido e originando, assim, uma espécie de caroço ou verruga.
São lesões comuns e diagnosticadas com bastante frequência, principalmente depois dos 50 anos, identificadas na maioria das vezes pelos exames de colonoscopia (exame que avalia a saúde do intestino grosso).
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Normalmente, os pólipos não causam nenhum sintoma específico (em alguns casos pode haver sangramento ou alterações intestinais). Dessa maneira, eles podem ficar anos no intestino sem provocar grandes danos.
Entretanto, é importante ficar atento, pois dependendo do tipo de pólipo encontrado, há possibilidade de evoluir para um tumor gastrointestinal.
Por que é preciso remover os pólipos?
Pólipos não são câncer, ou seja, não são capazes de causar metástase e atingir outros órgãos. Mas isso não quer dizer que sejam inofensivos.
Na verdade, os pólipos costumam ser classificados como lesões pré-malignas, com risco de sofrerem modificações em um período de cinco a sete anos e se tornarem um câncer no futuro, principalmente os chamados pólipos adenomatosos. Por isso, a maneira mais eficaz de reduzir essa possibilidade é removê-los; em 95% dos casos é possível retirá-los durante a própria colonoscopia.
A cirurgia pode ser indicada em casos em que não seja possível a remoção através da colonoscopia.
Após a remoção, o médico patologista examina as amostras de tecido e classifica-as como de maior ou menor risco de malignidade. Baseado nessa classificação, é estabelecido um protocolo de acompanhamento do paciente.
Rastreamento precoce
O câncer colorretal é a terceira causa de câncer mais frequente no Brasil e se desenvolve no intestino grosso ou em sua porção final, o reto. Além dos pólipos, fatores hereditários e estilo de vida estão relacionados ao desenvolvimento desse tipo de tumor.
Uma vez que os pólipos não costumam causar sintomas, é fundamental que os exames de rastreamento sejam feitos regularmente. A indicação da Sociedade Brasileira de Coloproctologia é que os exames de triagem – que incluem colonoscopia e teste de sangue oculto nas fezes – devem ser feitos a partir dos 50 anos de idade. Mas os indivíduos que apresentam fatores de risco para câncer de cólon e reto (histórico familiar) devem iniciar a prevenção ainda mais cedo.