O câncer de testículo ocorre principalmente com adultos jovens, brancos, entre 20 e 40 anos, fase de maior a atividade sexual e reprodutiva.
Os testículos se localizam dentro da bolsa escrotal e são responsáveis pela produção dos espermatozoides e da testosterona, o hormônio sexual masculino. Embora represente apenas 1% dos tumores que afetam os homens, a incidência de câncer de testículo tem aumentado nos últimos anos. A doença acomete especialmente adultos jovens, brancos, entre 20 e 40 anos, fase de maior a atividade sexual e reprodutiva.
O câncer de testículo pode pertencer a dois grandes tipos: o tumor germinativo não seminomatoso, de caráter mais agressivo, e o tumor germinativo seminomatoso, de crescimento mais lento.
Vale citar, além desses, um terceiro grupo bastante raro de tumor de testículo que é constituído por linfomas, sarcomas e pelo tumor de Sertoli e Leydig.
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Causas e fatores de risco
Não existe ainda a causa definida para o câncer de testículo, mas sabe-se que alguns fatores de risco podem estar associados ao aparecimento da doença. O mais comum é a criptorquidia, isto é, a permanência do testículo fora da bolsa escrotal depois do nascimento. Os outros são algumas síndromes genéticas raras, traumas crônicos e história da doença no passado. Alguns estudos mostram risco discretamente aumentado em pessoas com histórico familiar de câncer de testículo.
Sintomas
A principal característica é a presença de massa escrotal ou de um nódulo endurecido e indolor no testículo, situado com mais frequência do lado direito e encontrado na palpação. Apenas alguns pacientes manifestam dor aguda nos testículos provocada por hemorragia interna nesse órgão. Dor nas costas, tosse, edema podem ser sinais de metástases resultantes da progressão da doença.
Diagnóstico
É comum a suspeita de câncer de testículo ser levantada durante o autoexame ou numa consulta médica de rotina.
O exame mais importante para confirmá-la é a ultrassonografia, que além de revelar a existência do tumor, muitas vezes ainda não palpável, aponta sua relação com os órgãos vizinhos e ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial.
Testes laboratoriais de sangue para avaliar os marcadores tumorais Beta HCG, DHL, e alfa-fetoproteína são úteis na fase do diagnóstico, durante e após o tratamento. Da mesma forma, a tomografia pélvica e do abdômen e os raios X são importantes no pré e no pós-operatório. Uma vez que há risco de disseminação da doença através da agulha utilizada para biópsia, o exame anatomopatológico só é realizado depois da retirada cirúrgica do nódulo.
Prevenção
Como não se conhece a causa do câncer de testículo, não existem maneiras seguras de prevenir a enfermidade. A exceção são os casos de criptorquidia, que devem ser corrigidos tão logo seja possível.
No entanto, o autoexame realizado todos os meses representa um meio de detectar qualquer alteração importante para o diagnóstico precoce.
Tratamento
O tratamento do câncer de testículo é a cirurgia por via inguinal (orquiectomia radical) para a remoção do testículo afetado, com ou sem colocação de uma prótese no local. A recuperação costuma ser rápida e não há comprometimento da potência sexual, se apenas um testículo for retirado. Quando há sinais de metástases ou para evitar recidivas, o paciente deve receber aplicações de quimioterapia acompanhada ou não de radioterapia.
O tratamento dos tumores de testículo pode induzir a infertilidade definitiva ou temporária. Por precaução, portanto, é recomendável, após a retirada do testículo, sob a orientação de um urologista, colher esperma e guardá-lo num banco apropriado para esse fim. Isso permitirá que o paciente tenha filhos no futuro, se desejar. Mesmo nos casos de infertilidade temporária, alguns autores recomendam que a pessoa só tenha filhos dois anos depois do final do tratamento quimioterápico.
Recomendações
- Faça todos os meses um autoexame dos testículos, especialmente se tem história anterior de criptorquidia ou de tumor de testículo;
- Siga as orientações de seu médico quanto ao tratamento complementar e o acompanhamento clínico especialmente nos primeiros anos depois da cirurgia. O câncer de testículo é uma doença com grandes chances de cura, quando precocemente diagnosticada;
- Não se abale com o fato de que o tratamento para o câncer de testículo pode induzir a infertilidade. Primeiro, porque ela pode ser passageira. Depois, porque atualmente existem técnicas de fertilização assistida que podem contornar esse problema. Consulte seu urologista sobre todas as possibilidades.