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Como a nicotina age no cérebro

Não é só no pulmão que o cigarro faz estrago. A nicotina também age no cérebro. Entenda.
Publicado em 28/09/2022
Revisado em 09/01/2023

Não é só no pulmão que o cigarro faz estrago. A nicotina também age no cérebro. Entenda.

 

Estima-se que de 10 a 15 segundos depois da primeira tragada, a nicotina já comece a fazer efeito no funcionamento do cérebro. A susbtância atinge principalmente os receptores que liberam dopamina e noradrenalina, responsáveis por diversas funções do organismo, como humor, prazer, cognição, controle motor, entre outras.

Uma das principais influências negativas da nicotina é sobre as emoções e a motivação para realizar atividades do dia a dia. Além disso, ela também interfere no sistema de recompensa cerebral, causando crises de abstinência e levando à dependência. Saiba mais sobre os prejuízos do cigarro neste episódio do Desenrola.

Não pode assistir agora? Acompanhe a transcrição a seguir:

Você sabe qual é o efeito do cigarro no seu cérebro? Estima-se que, dez a 15 segundos depois da primeira tragada, a nicotina comece a fazer efeito no cérebro. Ela é uma substância estimulante, que atua nos receptores dos neurônios que liberam neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina.

A dopamina atua em funções como controle motor, cognição, mecanismos de prazer, de humor e algumas funções endócrinas. Esses neurotransmissores atuam também no sistema de recompensa cerebral, que tem influência direta sobre as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar certas atividades. Uma das ações que libera a dopamina, por exemplo, é comer, quando se está com fome.

A liberação da dopamina em regiões específicas do cérebro causa o aumento da sensação de prazer. Sem a presença de nicotina no sangue de quem é dependente, os receptores deixam de receber o estímulo da droga que os faz liberar os neurotransmissores, e aí vem a crise de abstinência.

A dependência em tabaco, que contém a nicotina, é causada pelo aumento da dopamina nos circuitos de recompensa do cérebro. A longo prazo, o cérebro passa a produzir menos dopamina com a mesma dose. Então, o fumante precisa mais nicotina pra obter a dopamina necessária.

Esse é o mecanismo que a gente chama de tolerância e que faz o fumante fumar cada vez mais. Sem cigarro, ele sente um estado de inquietação, ansiedade e nervosismo que o leva a buscar o consumo novamente.

Pra readaptar o cérebro, ao parar de fumar, o ideal é deixar o cigarro totalmente e não de forma gradual, criar outros mecanismos de recompensa durante a fase de abstinência.

Quer saber mais dicas pra parar de fumar? Procure a nossa playlist Pare de Fumar com o Drauzio no TikTok e acompanhe os conteúdos.

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