Segundo estudo, apesar de parecer a medida mais adequada, ficar em repouso não diminui a intensidade nem a duração da dor ciática. Saiba mais.
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A prática de cair de cama por causa de dor nas costas — a chamada dor lombar baixa — foi abalada por uma série de estudos que deixaram claro que ficar deitado não diminui a intensidade nem a duração do quadro de dores nas costas.
Um grupo de pesquisadores holandeses estendeu essa conclusão para os casos de dores ciáticas. Neste estudo consideraram como ciática a dor com pelo menos duas das seguintes características:
- Dor que se irradia da coluna lombar para a parte posterior da coxa e perna;
- Aumento da dor na perna com a tosse, espirro ou estiramento da coluna;
- Diminuição da força muscular na perna;
- Perda de sensibilidade ou diminuição dos reflexos na região afetada;
- Aumento da dor com a manobra de elevar o membro inferior esticado, com o paciente deitado — você deita e leva o membro inferior lá para cima.
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O trabalho avaliou a resposta de 183 pessoas com dor ciática, divididas em dois grupos: repouso ou atividade. Neste caso, entende-se por repouso o fato de permanecer deitado o dia todo — de lado, com um travesseiro sob a cabeça — e só sair para o banho e as necessidades durante duas semanas; a metade que permaneceu ativa foi orientada para sair da cama sempre que a dor permitisse, mas sem estirar a coluna, para evitar que ela [a dor] aumentasse. Se conseguisse, podia voltar ao trabalho.
Depois de duas semanas, 70% do grupo em repouso e 65% dos que se mantiveram em atividade melhoraram; a diferença foi insignificante. Depois de 12 semanas, 85% dos doentes de cada grupo estavam melhor. As avaliações de intensidade da dor; o uso de analgésicos; outros sintomas; a função do membro acometido; e a necessidade de cirurgia e de falta no trabalho foram idênticas nos dois grupos.
A conclusão é a seguinte: em caso de dor ciática, assim que os sintomas permitirem, não faz diferença voltar gradativamente à atividade física ou permanecer de cama até a dor desaparecer.