Problema é comum e caracterizada pela inflamação das paredes internas do estômago. Saiba mais neste podcast sobre gastrite.
Gastrite é a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Ela pode ser aguda ou crônica, e pode ser provocada por diferentes fatores. Quais são?
- Consumo de bebidas alcoólicas e gasosas;
- O fumo. O fumo é a mais importante causa de gastrite;
- Uso prolongado de ácido acetilsalicílico e de medicamentos anti-inflamatórios;
- Certos alimentos e temperos;
- A presença no estômago de uma bactéria chamada Helicobacter pylori.
A gastrite pode ter ainda origem autoimune, isto é, você produzir anticorpos contra a própria mucosa do estômago. A dor da gastrite é circunscrita, em geral, fixa num local.
Na prática, há queixa de dor na boca do estômago, que se irradia para outros lugares, e pode vir acompanhada de azia — que em geral piora depois de refeições mais volumosas ou ricas em gordura — e uma sensação injustificada de estômago cheio. Perda do apetite, náuseas e vômitos também podem ser sintomas de gastrite, assim como a presença de sangue nas fezes e no vômito.
A história, a descrição dos sintomas e a endoscopia, que permite visualizar por dentro a mucosa do estômago e biopsiar — inclusive, tirar fragmentos para fazer o diagnóstico — são sempre muito importantes nos casos de gastrite.
O tratamento da gastrite tem que levar em conta a causa. Por exemplo, existe uma bactéria chamada Helicobacter pylori, que tem relação com a gastrite, e em certos casos a gente tem que tratar a bactéria, se não a gastrite não melhora.
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O uso de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios, álcool e cigarro, especialmente, deve ser suspenso. Na pior das hipóteses, na pior mesmo, deve ser reduzido ao máximo.
A medicação para reduzir a produção do ácido do suco gástrico pode ser administrada por boca, e os resultados obtidos costumam ser bastante satisfatórios.
No entanto, é fundamental para o sucesso do tratamento respeitar o horário das refeições; separar algum tempo para o café da manhã, almoço e jantar tranquilo — isso não é luxo, é necessidade —; fazer refeições em pequeno volume, mais frequentes, a cada três ou quatro horas; mastigar bem e devagar, [pois] a digestão começa na boca; não fumar; e evitar café, bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas ou bebidas que contenham cafeína.