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Câncer de bexiga: sinais de alerta, diagnóstico e tratamento

Publicado em 09/08/2024
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Revisado em 09/08/2024

O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina. Saiba quais são os outros fatores de risco e como funciona o tratamento.

 

O câncer de bexiga é um tipo de câncer que atinge as células que recobrem a bexiga, órgão que serve para armazenar a urina e depois eliminá-la através da uretra. A doença é mais frequente no sexo masculino. 

“O principal fator de risco é o tabagismo, seja ativo ou passivo. Também devemos destacar que os dados estão cada vez mais robustos sobre a presença de substâncias carcinógenas nos cigarros eletrônicos. Além disso, a exposição a produtos químicos inaláveis e infecções de urina recorrentes também podem impactar nestes riscos”, afirma Daniel Vargas, oncologista do Grupo Oncoclínicas de Brasília (DF). 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo triplica o risco de câncer de bexiga (em relação a quem nunca fumou). Homens brancos e com idade avançada também têm maior probabilidade de desenvolver a doença.

Ainda de acordo com o Inca, existem três tipos principais de câncer de bexiga:

  • Carcinoma de células de transição ou urotelial: desenvolve-se no tecido mais interno da bexiga e corresponde à maioria dos casos desse câncer;
  • Carcinoma de células escamosas: atinge células delgadas e planadas que podem aparecer no órgão após uma infecção ou irritação prolongadas;
  • Adenocarcinoma: instala-se nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga após um período prolongado de inflamação ou irritação.

 

Principais sintomas e sinais de alerta do cãncer de bexiga

Os sintomas do câncer de bexiga podem incluir: 

  • Sangue na urina;
  • Dor ao urinar;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Urgência para urinar. 

De acordo com o dr. Daniel, o principal sintoma é a presença de sangue na urina e ele está presente, em geral, desde a fase inicial da doença. “Para tumores mais avançados, podem surgir dores pélvicas, inchaço nas pernas e até mesmo dores em locais que a doença pode ter se disseminado”, diz o médico. 

A presença de sintomas como sangue na urina e dores para urinar podem, contudo, se confundir com os sintomas de outras doenças do trato urinário, como infecções de urina e cálculos renais, por exemplo. O oncologista explica que, nesses casos, é fundamental avaliação médica para esclarecimento e tratamento adequado de qualquer uma das situações. 

        Veja também: Sangue na urina pode ser sinal de alerta para câncer de bexiga

 

Diagnóstico e detecção precoce

“O câncer da bexiga em geral começa seu diagnóstico pela realização de exames de imagem simples, como a ultrassonografia. Porém, ele só é estabelecido com a realização de uma cistoscopia [exame feito com uma câmera que avalia a parte interna da bexiga] e biópsia da bexiga. Adicionalmente, outros exames podem ser realizados para complementar a avaliação da doença, como tomografias, ressonância, entre outros”, explica. 

A detecção precoce do câncer de bexiga é muito importante, pois identificar o tumor em fase inicial possibilita um tratamento mais eficiente para o paciente. 

“Nos cenários precoces, as chances de cura são muito próximas de 100%. E este cenário está melhorando cada vez mais, com novos tratamentos sendo pesquisados também para aumentar ainda mais as chances de cura dos pacientes”, diz o oncologista. 

Portanto, se você observar a presença de sangue na urina, procure uma avaliação médica. Pode se tratar de algo menos grave, mas caso seja um câncer, quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhor. 

 

Formas de tratamento do câncer de bexiga

Por fim, as opções de tratamento para o câncer de bexiga vão depender do estágio em que a doença se encontra. 

“Na doença inicial, o tratamento em geral é pautado na ressecção da doença pela raspagem cirúrgica, chamada de ressecção transuretral da bexiga. Nos tumores um pouco mais avançados, após a ‘raspagem’ podem ser realizados tratamentos dentro da bexiga, como BCG ou quimioterapia. Conforme o tumor avança pode ser necessária a cirurgia de remoção total ou parcial da bexiga, associada a quimioterapia ou imunoterapia e nos casos mais avançados o uso de tratamentos sistêmicos isoladamente é o padrão de escolha”, explica o dr. Daniel. 

A BCG mencionada pelo médico é a vacina BCG (que previne a tuberculose), que pode ser administrada dentro da bexiga depois da remoção do tumor para tentar impedir a reincidência do câncer.

        Veja também: Vacina BCG contra câncer? Dr. Drauzio testou | Coluna #128

 

Conteúdo produzido em parceria com a Tena Brasil, marca líder mundial em produtos para incontinência urinária.

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