Gordura abdominal aumenta risco de morte súbita

Fita métrica na calça jeans

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Gordura abdominal provoca doenças cardiovasculares e aumenta o risco de morte súbita. 

 

O acúmulo de gordura abdominal aumenta o risco de morte súbita, revela novo estudo feito por pesquisadores americanos e publicado no periódico americano Heart, que publica estudos científicos sobre cardiologia.

A morte súbita é caracterizada como a cessação da atividade cardíaca, em geral causada por taquicardia ventricular e fibrilação ventricular prolongadas. Na maioria das vezes, quem sofre de morte súbita já tinha alguma doença cardíaca, diagnosticada ou não.

Dados sugerem que a morte súbita é responsável por metade das mortes relacionadas a problemas cardíacos.

Os pesquisadores do estudo acompanharam 14.941 homens e mulheres, cuja idade média era de 54 anos, durante quase 13 anos. Os participantes realizaram exames de saúde detalhados em cinco ocasiões durante o estudo, e houve 253 mortes súbitas no período.

Como os pesquisadores previam, aqueles que morreram subitamente tinham taxas mais altas de outros fatores de risco cardíacos, como obesidade, hipertensão, colesterol alto, entre outros.

 

Veja também: Leia um artigo do dr. Drauzio sobre a gordura abdominal

 

Contudo, independentemente desses fatores, aqueles que tinham a relação cintura-quadril (para calculá-la, meça a cintura e o quadril com uma fita métrica, depois divida a medida da circunferência da cintura pela medida da circunferência do quadril, ambas em centímetros. O resultado não deve ser superior a 0,85 cm para as mulheres e a 0,90 cm para os homens) mais alta tinham mais que o dobro de risco de morte súbita, comparados com aqueles cuja relação estava dentro da faixa tida como ideal.

O risco era aparente apenas entre os não fumantes.

Os mecanismos pelos quais isso ocorre ainda não estão totalmente claros, mas os pesquisadores apontam que a gordura abdominal produz mais substâncias inflamatórias, e portanto, causa mais danos cardíacos que a gordura acumulada em outras regiões.

Portanto, para evitar riscos de doenças cardíacas, é preciso evitar o excesso de peso, seguir uma dieta equilibrada e fazer exercícios físicos regularmente, orientam os pesquisadores.

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