A condição é comum principalmente em mulheres com mais de 40 anos e que já tiveram filhos. Saiba quais são os tratamentos disponíveis.
A bexiga baixa ou caída, nome popular da cistocele, é uma condição que ocorre quando a musculatura das paredes da vagina fica fraca a ponto do órgão se deslocar. A bexiga perde a sustentação e forma um abaulamento na região da vagina. Nos casos mais extremos, a bexiga pode escapar pelo canal vaginal, o que exige intervenção cirúrgica.
Fatores de risco
Em geral, a cistocele atinge principalmente mulheres e homens trans com mais de 40 anos. Ter filhos é o fator mais comumente associado à bexiga baixa, mas vale lembrar que é o processo de gestação que favorece a condição, e não o parto. Isso porque o útero acaba pressionando a bexiga durante o crescimento do bebê, o que pode fazer com que o órgão se desloque.
Idade e genética são os dois motivos que completam o pódio dos principais causadores da cistocele. É como o Dr Ahmed Mourad, ginecologista e obstetra do Centro de Ginecologia e Obstetrícia, explica. “A primeira [razão], por conta da flacidez natural que aumenta conforme o avançar do tempo. Já a segunda, por causa do DNA da fibra de colágeno, que varia de indivíduo para indivíduo.”
Sintomas
A intensidade varia de acordo com o grau de deslocamento da bexiga. “Quanto maior a descida da bexiga, maiores e mais fortes os sintomas”, diz o médico.
Os sintomas mais comuns são:
- Sensação de uma bola na vagina;
- Sensação de peso na bexiga;
- Caroço na vagina, que pode ser vista à olho nu ou sentida com os dedos;
- Incontinência urinária;
- Dor ou desconforto na região pélvica;
- Dor ou irritação na vagina durante o contato sexual;
- Fraqueza ou flacidez dos músculos e ligamentos do períneo;
- Dificuldade na passagem da urina;
- Urgência e aumento da frequência urinária;
- Sensação de que a bexiga está cheia mesmo após ter urinado.
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Como funciona o diagnóstico?
O diagnóstico costuma ser clínico, com base na queixa da paciente. Após ouvir, o profissional vai examinar a bexiga e verificar se há alguma movimentação do órgão. Nos casos mais leves, pode ser necessário um exame laboratorial chamado teste urodinâmico.
“Nele, são colocados eletrodos na bexiga. Em seguida, a pessoa faz alguns exercícios, e o aparelho analisa as contrações e mostra se a bexiga está fora do lugar ou se há algum outro problema”, elucida o ginecologista.
Graus de bexiga baixa
A bexiga baixa, ou cistocele, pode ser classificada de acordo com o grau da queda da bexiga, que são:
- Grau 1 (leve): pequena queda da bexiga na vagina, geralmente não causa sintomas;
- Grau 2 (moderado): a bexiga chega até a abertura da vagina;
- Grau 3 (grave): a bexiga sai através da vagina;
- Grau 4 (muito grave): saída completa da bexiga pela vagina.
O médico que acompanha o caso é quem irá determinar o grau de queda da bexiga. O tratamento mais adequado é orientado a partir desse diagnóstico.
Quais são os tratamentos disponíveis?
Isso vai depender da evolução do quadro, de acordo com o Dr. Ahmed. “Nos casos leves, você pode corrigir com alguns exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico.”
Já nos mais avançados, é necessário realizar uma intervenção cirúrgica.
“Há vários tipos de cirurgias que podem ser realizadas nesses casos. A mais realizada nos últimos anos é a implantação de um sling vaginal, uma tela que levanta a bexiga e a leva de volta à posição original.”
É possível prevenir a cistocele?
O especialista reforça o papel dos exercícios fisioterápicos no fortalecimento da musculatura da região. Mas como a gestação e o DNA são fatores de difícil controle, o ideal é ficar de olho nos sintomas e procurar um médico ao notar alguma alteração.
Conteúdo desenvolvido em parceria com a marca TENA
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