Erros mais comuns na hora de tomar medicamentos

Executivo com um copo de água em uma mão e dois comprimidos brancos em outra prestes a ingeri-los.

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Publicado em: 30 de julho de 2019

Revisado em: 11 de agosto de 2020

De antibióticos a remédios efervescentes, são comuns alguns erros na hora de tomar medicamentos. Aprenda a forma correta para garantir os efeitos.

 

Remédios estão tão inseridos no nosso cotidiano que muitas vezes a gente nem pensa na hora de tomar. Afinal, o que pode haver de tão complexo em um simples comprimido? Pois saiba que cada detalhe importa, e erros bastante comuns na hora de tomar medicamentos podem interferir no seu tratamento.

 

Efervescentes

 

Quando o mal-estar gástrico surge (quem tem refluxo ou gastrite sabe bem como é), é comum recorrer ao uso de sal de frutas efervescente para aliviar o desconforto. Geralmente, ele é misturado em um copo de água, onde começa a efervescer, e em seguida é administrado ao paciente. Só que nem todos esperam as “borbulhas” cessarem para começar a tomá-lo. Pelo contrário, é comum que pacientes associem, erroneamente, a gaseificação do remédio a seu intervalo de ação. Porém, o correto é esperar que o sal de frutas seja totalmente dissolvido na água, assim ele será aproveitado por completo.

 

Antibióticos

 

Erros ao tomar antibióticos que têm horários determinados para ingestão também são muito comuns. Segundo o dr. Marcelo Gomes, diretor de área terapêutica da farmacêutica Norvatis, esses horários marcam a duração do medicamento no organismo. Ao fim de cada intervalo, eles serão absorvidos ou excretados por completo. “Quando esse período acaba, eles deixam de fazer efeito. Para ser eficientes, devem ser tomados no mesmo horário e administrados no intervalo correto, que varia entre 6, 12 e 24 horas, dependendo da tecnologia de cada medicamento. Não seguir o cronograma pode até intensificar a ação das bactérias”, explica.

 

Cortar e dissolver medicamentos

 

Uma mania muito comum é partir os medicamentos ao meio para facilitar a ingestão. “Existem remédios que têm divisão própria no comprimido, o que indica que podem ser repartidos, pois não haverá comprometimento da dosagem medicamentosa. Mas os remédios que não têm essa divisão não devem ser cortados ao meio. Alguns medicamentos são desenvolvidos para se dissolverem aos poucos; logo, cortando-os ao meio, acaba-se prejudicando seu efeito. Sem contar que a dosagem correta pode ser perdida ao parti-lo”, explica Paulo Aligiere, assistente médico da Fundação do Remédio Popular de SP.

 

Veja também: Entenda o que significam as tarjas dos medicamentos e por que cada um tem uma forma farmacêutica

 

O mesmo vale para medicamentos em cápsulas: não abra e dissolva o pó em água, a menos que seu médico tenha instruído para que tome dessa forma.

E também, nada de deixar os remédios dissolvendo na boca. Isso só pode ser feito caso eles sejam desenhados para esse uso. Caso contrário, os efeitos medicamentosos acabam perdidos.

 

Cremes e pomadas

 

Em relação aos cremes e às pomadas, que são facilmente removidos pela roupa ou por contato, o ideal é deixar que sejam absorvidos por 30 minutos antes de se vestir ou de deitar para dormir, nos casos em que há risco de a região entrar em contato com o travesseiro ou a cama).

As recomendação para cada medicamento são muito diversas quanto aos mais diferentes aspectos, e tenha em mente que cada característica do comprimido, cápsula, ou o que for, tem uma função. Eles levam anos para ser desenvolvidos, e se as recomendações estão lá, é porque indicam a forma mais eficaz para que o efeito seja obtido. Portanto, sempre siga corretamente as orientações do médico ou da bula.

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