Aprenda a prevenir as doenças mais comuns no verão com vacinas, cuidados diários e outras medidas práticas.
Durante os meses mais quentes do ano, vemos um aumento significativo de viagens e atividades ao ar livre. Embora essa seja uma época de lazer, também é um período em que algumas doenças se tornam mais frequentes. Segundo a dra. Rosana Richtmann, infectologista e consultora em vacinas da Dasa, “a chegada do verão pede uma atenção especial com a saúde, principalmente em relação às infecções gastrointestinais e doenças transmitidas por mosquitos. Além das vacinas, manter uma boa higiene e os cuidados preventivos é fundamental para aproveitar a estação sem contratempos”.
Saiba os principais pontos de atenção que você deve ter em relação a sua saúde e quais são as doenças mais comuns no verão.
1. Gastroenterites e doenças virais
As gastroenterites, caracterizadas por vômitos, diarreia e inflamação no trato gastrointestinal, são extremamente comuns no verão. Os agentes causadores incluem os norovírus, rotavírus e o vírus da hepatite A, além de bactérias como Salmonella e Shigella.
De acordo com a dra. Rosana, “o mais importante numa situação dessa é, sem dúvida, uma boa hidratação. Saber a procedência do que você está consumindo também é essencial”.
Prevenção:
- Higienize bem as mãos antes de comer ou preparar alimentos;
- Evite consumir alimentos crus ou molhos que não tenham sido devidamente refrigerados;
- Prefira água industrializada e evite gelo em bebidas, principalmente fora de casa;
- Vacine-se contra rotavírus e hepatite A.
A dra. Rosana também deixa um alerta: “Quando você abrir uma latinha de suco ou refrigerante, limpe o local onde vai colocar a boca. Isso é importante para evitar a contaminação”.
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2. Doenças transmitidas por mosquitos
O verão é marcado por chuvas intensas, que favorecem a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Além disso, a febre de Oropouche, transmitida por outro tipo de mosquito, também merece atenção.
Prevenção:
- Utilize repelentes;
- Elimine criadouros de mosquitos, como água parada em recipientes;
- Use roupas claras e de manga comprida ao visitar áreas de mata ou trilhas;
- Vacine-se contra a dengue (indicada para pessoas de 4 a 60 anos).
3. Febre Amarela e tétano
A febre amarela é uma preocupação para quem visita áreas de mata ou realiza atividades ao ar livre. Por outro lado, o tétano, embora raro, pode ocorrer por meio de ferimentos na pele.
Prevenção:
- Antes de viajar, verifique se sua vacina contra febre amarela está em dia;
- Certifique-se de que a vacina antitetânica foi atualizada nos últimos dez anos.
4. Doenças de pele: micoses e bicho geográfico
O calor e a umidade do verão favorecem o crescimento de fungos, resultando em micoses como frieiras e infecções na região inguinal. O bicho geográfico, por sua vez, é contraído ao caminhar descalço em áreas contaminadas por fezes de animais.
Prevenção:
- Evite permanecer com roupas de banho molhadas por muito tempo;
- Use chinelos ou sapatos ao caminhar em áreas de risco;
- Higienize bem e seque a pele completamente após banhos ou mergulhos.
“Se puder, troque a sunga ou o biquíni no meio do dia para evitar que a umidade facilite o surgimento de micoses”, recomenda a dra. Rosana.
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5. Febre tifoide e sarampo
A febre tifoide é comum em águas e alimentos infectados. Já o sarampo, apesar de não ser sazonal, pode ser evitado com a vacina da tríplice viral, especialmente para quem viaja ao exterior.
Prevenção:
- Vacine-se contra a febre tifoide, cuja vacina protege por até três anos;
- Mantenha a vacina da tríplice viral em dia, particularmente antes de viagens internacionais.
6. Insolação e desidratação
A exposição excessiva ao sol pode causar insolação, com sintomas como tontura, fraqueza e febre. A desidratação, por sua vez, é agravada pelo calor intenso e pela perda de líquidos.
Prevenção:
- Use protetor solar com fator de proteção adequado para sua pele;
- Evite a exposição solar entre 10h e 16h;
- Hidrate-se frequentemente com água ou bebidas isotônicas.
Orientações médicas
“Sempre que precisar, procure auxílio médico para ter segurança. O diagnóstico deve ser feito por um profissional, principalmente em situações em que você não está melhorando”, orienta a dra. Rosana. O tratamento varia conforme a doença, mas a prevenção é sempre o melhor caminho.
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