Esteroides anabolizantes | Entrevista - Portal Drauzio Varella
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Drogas Lícitas e Ilícitas

Esteroides anabolizantes | Entrevista

Publicado em 04/08/2011
Revisado em 16/08/2021

Uso desse tipo de substância deve ser muito restrito e bem prescrito, já que abuso de anabolizantes pode ter consequências gravíssimas.

 

Os anabolizantes pertencem a um grupo de drogas que tem indicação muito precisa na medicina. Infelizmente, nas últimas décadas, passaram a ser utilizados por rapazes e moças interessados em esculpir uma forma física que obedece a padrões rígidos ditados pela moda. O uso indiscriminado e sem controle médico dessas substâncias  tem gerado problemas graves de saúde, morte inclusive, em gente muito jovem.

Grande parte dessas drogas é vendida nas academias e entra no Brasil de maneira ilícita, sem que se saiba exatamente de onde vêm nem como são fabricadas. Na pressa de conseguir o efeito desejado, muitos a utilizam em doses absurdamente altas que interferem no equilíbrio geral do organismo.

 

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Por falta de informação ou apesar dela, os jovens continuam correndo atrás dos anabolizantes cuja comercialização transformou-se numa atividade clandestina e muito lucrativa.

 

O QUE É

 

Drauzio – Você poderia explicar o que é um anabolizante?

Bernardino Santi – Os anabolizantes incrementam a síntese de determinadas substâncias musculares e ósseas, mas somente os médicos podem prescrevê-los. Seu uso exige controle rigoroso, pois podem causar problemas de saúde muito sérios.

Do ponto de vista médico, são drogas utilizadas para tratamento de algumas doenças consumptivas, que desgastam a musculatura e os ossos, e como reposição hormonal para os portadores de hipogonadismo, que sofreram algum tipo de trauma testicular ou desenvolveram um tumor e tiveram os testículos subtraídos. Os esteroides anabolizantes são também indicados para os astronautas que ficam muito tempo no espaço e têm perdas significativas da massa óssea e muscular.

 

Drauzio – Que problemas os anabolizantes provocam?

Bernardini Santi – Os anabolizantes foram descobertos com o intuito de tratar determinadas doenças, mas algumas pessoas descobriram que seu uso pode incrementar o aumento de massa muscular e é aí que começam os problemas.

Vamos pegar o caso do adolescente interessado na colega de escola que quer ficar bonito para impressionar a garota. Ele começa a fazer ginástica, mas percebe que levará tempo e terá de esforçar-se muito para atingir o objetivo almejado porque os resultados não vêm de uma hora para outra. Nesse momento, um profissional da academia que frequenta ou um amigo lhe fala de uma determinada substância que ajuda a desenvolver a musculatura mais depressa. O garoto se interessa e decide experimentar. Obviamente, os primeiros resultados não tardam a aparecer, a forma do corpo melhora, e isso o estimula a usar cada vez mais os esteroides anabolizantes, drogas que mexem com a estrutura hormonal e com outras estruturas fisiológicas do organismo, acarretando graves consequências que podem, sem dúvida, levar à morte.

 

ÓRGÃOS MAIS AFETADOS

 

Drauzio – Quais são as funções fisiológicas e os órgãos mais afetados?

Bernardino Santi – O fígado é um dos órgãos acometidos e são frequentes os casos de hepatomas, de câncer de fígado. O uso de anabolizantes provoca também atrofia testicular. Jovens de 28, 30 anos apresentam azoospermia (ausência de espermatozoides), diminuição da libido e impotência porque a droga mexe com o equilíbrio hormonal.

 

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Quem toma esteroides anabolizantes, além de problemas de pele, como a acne, e perda de cabelo, pode ter complicações cardíacas muito graves, porque essas drogas aumentam o nível do mau colesterol e diminuem o do bom colesterol no sangue está mais sujeito a infartos  e anginas.

 

FORNECIMENTO DA DROGA

 

Drauzio – Grande parte dos anabolizantes vendidos em academias são substâncias que entram contrabandeadas no Brasil, sem passar por nenhum controle de qualidade. Ninguém conhece sua procedência. Você faz ideia dos países em que são comprados?

Bernardino Santi – Esse é um problema complicado que as autoridades têm diante de si. É muito difícil detectar a procedência dessas substâncias. Anúncios veiculados na internet ou em meios de comunicação piratas oferecem decanoato de nandrolona grego, japonês, russo. No entanto, muitas vezes, ele é produzido em fabriquetas de fundo de quintal aqui mesmo no Brasil, sem que se saiba exatamente quais são os componentes de sua fórmula além dos esteróides anabolizantes.

No momento, estamos empenhados em ações educativas e procuramos orientar as autoridades interessadas em combater o uso dessas drogas, mas é um trabalho dificílimo. Por isso, pedimos aos pais e às pessoas envolvidas com jovens que utilizam anabolizantes que não se omitam e denunciem, uma vez que o consumo dessas drogas se tornou uma verdadeira epidemia e gente jovem está morrendo por causa dele.

 

DOSAGEM

 

Drauzio – Vamos pegar o exemplo de um homem de 20 anos que, por causa de um trauma ou tumor, seja obrigado a retirar os dois testículos. Qual é a dose  de reposição indicada nesse caso e quanto utiliza um jovem com idade equivalente, que frequenta academia e quer ter o físico “bombado”?

Bernardini Santi – Quando o esteroide anabolizante – por exemplo, o estanozolol – é utilizado de forma terapêutica, a dose indicada é 25 mg, duas ou três vezes por semana. Pessoas que frequentam academias costumam tomar 100 mg, cinco vezes na semana, ou seja, quase seis vezes mais.

O problema é que o efeito inicial  aparece logo, o usuário fica entusiasmado. Logo depois, porém, começa a apresentar distúrbios que comprometem a retroalimentação, o feedback endócrino, e todas as funções metabólicas.

 

Drauzio – É importante lembrar que do equilíbrio endócrino do organismo fazem parte muitos hormônios que interagem uns com os outros. Quando um deixa de ser produzido ou é produzido em excesso, prejudica o balanço da cadeia hormonal inteira.

Bernardino Santi – Esse é o princípio do feedback, da retroalimentação endógena. Quando aumenta o nível sérico de determinado hormônio circulante no sangue,  automaticamente é desencadeado um processo de desligamento no hipotálamo e a produção diminui. Quando o nível baixa, o hipotálamo é ativado novamente e começa a produzir o hormônio outra vez.

Se algum agente externo interferir nesse processo, o hormônio será produzido ininterruptamente, o que atrofiará as estruturas de produção provocando os efeitos deletérios já citados.

 

PAPEL DOS PAIS

 

Drauzio – Como os pais podem desconfiar de que o filho está usando anabolizantes?

Bernardino Santi – A maior arma para combater o uso de anabolizantes é a educação, a orientação. Os pais devem procurar saber se a academia em que seu filho faz musculação está regularizada e é filiada ao CREF (Conselho Regional de Educação Física). Depois, precisam conhecer o professor e o local onde o filho realiza atividades físicas e acompanhar sua evolução. Se perceberem que, num curto período de tempo,  ele teve um crescimento muscular absurdo,  é provável que esteja se valendo dessas substâncias e algumas providências urgentes se fazem necessárias.

Certas características orgânicas, como queda de cabelo, cabelos quebradiços e aparecimento intenso de acne, assim como modificações no comportamento, podem ser outros sinais do problema. Geralmente, quando o garoto começa a tomar anabolizantes, sente-se mais forte e seguro e torna-se mais agressivo. Por isso, os pais precisam estar vigilantes e atentos a qualquer mudança no comportamento dos filhos.

 

Drauzio – Qual o custo dessas drogas?

Bernardino Santi – Muita gente ganha dinheiro com elas. O decanoato de nandrolona que custa normalmente R$ 5,00 nas farmácias, custa de R$ 25,00 a R$ 30,00 nas academias. Seduzido pela ideia de que o produto importado confere melhores resultados orgânicos, o garoto paga o preço que lhe pedem, às vezes, por um similar falsificado, sem muita discussão.

 

HIDROSSOLÚVEIS E HIPOSSOLÚVEIS

 

Drauzio – Os anabolizantes são ministrados por via injetável ou oral?

Bernardino Santi – Podem ser ministrados por via oral ou por via injetável.

 

Drauzio – Há diferença importante na ação dos vários produtos à venda no mercado?

Bernardino Santi — Os inúmeros  produtos que existem no mercado podem ser classificados em hidrossolúveis e lipossolúveis. Na minha opinião, os lipossolúveis são os mais perigosos porque ficam depositados na gordura do organismo e vão sendo liberados continuamente.

Recentemente, apareceu o THG (tetra-hidro-gestrinona), anabolizante criado pela BALCO (Bay Area Laboratory Company), um laboratório pirata de Los Angeles, e muitos atletas de ponta o utilizaram sem que ninguém soubesse, porque não se conheciam métodos para detectá-lo no organismo. Em junho de 2003, porém, um farmacologista  da UCLA (Universidade da Califórnia), Don Catlin, recebeu uma seringa com uma substância suspeita para análise, acompanhada da denúncia de que atletas a estavam usando antes das competições e desenvolveu um método capaz de detectá-la. Em agosto de 2004, quando os atletas que participaram do Mundial de Atletismo passaram pelo teste, descobriu-se que muitos deles usavam THG.

Essa é uma briga de bandido e mocinho que estamos enfrentando o tempo todo. Não sabemos quantos produtos como esse podem estar espalhados pelo mundo, sem que haja métodos de detecção para localizá-los.

 

MERCADO EM ASCENSÃO

 

Drauzio – Pode-se dizer que se trata de uma indústria em ascensão?

Bernardino Santi — Sem dúvida nenhuma. Enquanto houver um mercado que compra, que procura e consome, haverá um mercado fornecedor, uma indústria que o abastece e uma economia paralela que movimenta milhões e milhões de dólares.

 

Drauzio – As pessoas interessadas em combater a dopagem precisam estar cientes de que novas substâncias podem estar sendo introduzidas no mercado a cada momento.

Bernardino Santi – A World Anti-Doping Agency (Wada) é uma entidade que congrega países, laboratórios, cientistas e médicos do mundo todo a fim de descobrir formas de coletar e detectar novas substâncias. Entidades governamentais e não-governamentais, juízes e o Ministério Público estão se unindo para formar uma força-tarefa no sentido de pelo menos cercar o máximo possível as possibilidades de dopagem nos próximos 10 ou 15 anos.

Como já disse, é uma briga de bandido e polícia, porque há muito dinheiro e interesses envolvidos. De qualquer modo, a melhor arma de que dispomos contra ela continua sendo informar e orientar as pessoas para que não entrem nessa roubada.

 

HORMÔNIO DO CRESCIMENTO

 

Drauzio – Embora não seja esteroide e custe caro, outra substância muito utilizada para desenvolver a musculatura é o hormônio do crescimento.

Bernardino Santi — Apesar de não ser um esteroide anabolizante, o hormônio do crescimento tem função semelhante. Até alguns anos atrás, utilizado por idosos, com 70, 80 anos, era considerado uma espécie de fonte da juventude, porque melhorava muito a qualidade de vida dessas pessoas que voltavam a praticar esporte, a dançar e, obviamente, sentiam-se mais felizes.

Quando esse hormônio passou a ser usado em pessoas hígidas, em jovens com condições físicas normais, o efeito no crescimento das células musculares se manifestou mais intensamente e funcionou como gatilho para o aparecimento precoce de diabetes e para o crescimento de tumores cancerígenos que estavam estacionados. Como consequência, o número de casos de câncer de próstata aumentou consideravelmente nas pessoas de 35, 40 anos.

Hoje, há como saber se a pessoa fez uso do hormônio do crescimento, o que não acontecia no passado . Mesmo assim, ele se tornou popular e representa um mercado bastante explorado e rentável.

 

Drauzio – E clandestino…

Bernardino Santi – E clandestino, infelizmente. Por isso, não podemos deixar de orientar as pessoas a respeito do uso desses medicamentos. Somente um médico deve e pode prescrevê-los. Não há treinador, professor de educação física, nutricionista que tenha preparo e capacitação adequada ou esteja autorizado a fazê-lo.

O pior é que existem médicos que prescrevem essas substâncias em seus consultórios no sentido de auferir melhoria da qualidade muscular. Eles dizem fazer um controle que ninguém tem condições de fazer. Quando se trata de hormônios, podemos chegar só até certo ponto, porque não se conhecem ainda todos os mecanismos endocrinológicos nem se domina o controle total dos efeitos fisiológicos que essas substâncias provocam no organismo.

 

DROGA DE ADIÇÃO

 

Drauzio – Quando o médico receita um anabolizante com finalidade terapêutica, precisa controlar a função hepática e renal, e pedir exames de sangue periódicos para avaliar a evolução do paciente. E ele está usando doses insignificantes se comparadas com as doses tomadas, sem nenhum controle ou acompanhamento, pelos que frequentam academias.

Bernardino Santi – As chamadas doses cavalares são realmente cavalares, pois estão entrando no mercado esteroides anabolizantes de uso veterinário. Mortes de jovens, em Brasília, comprovam o que estamos dizendo. Garotos seduzidos pela promessa do aumento muscular sem fazer exercício, começaram a usar essas substâncias, esquecendo-se de que estavam potencializando propriedades, por exemplo, da fibra muscular cardíaca em função do que era indicado para um boi ou um cavalo. As consequências são e foram nefastas.

Os jovens precisam saber que esse tipo de substância não faz milagres. Não faz o músculo crescer. Faz o músculo inchar. Sem o anabolizante, porém, ele desincha e perde volume, o que os obriga a continuar usando o produto para não perder a forma. Essa adição os torna dependentes da droga e do fornecedor.

 

Drauzio – Quando se para de usar, em quanto tempo o músculo afrouxa?

Bernardino Santi – Em questão de semanas, o músculo desincha e afrouxa, porque perde líquido. Como consequência, a musculatura que estava esticada em seu alongamento máximo contrai e volta a uma forma próxima da inicial. Ao notar que está perdendo o que ganhou com o remédio, o garoto continua recorrendo aos anabolizantes e, o que é assustador, nunca fica satisfeito com os resultados obtidos. Se tem 40 cm de bíceps, quer chegar aos 45 cm. Quando consegue, quer ter 48 cm. Essa falta de limites leva a rupturas musculares e aos outros problemas graves de saúde que já citamos nesta entrevista.

 

Drauzio – Quando opta pelo uso de anabolizantes, a pessoa não se dá conta de como é difícil livrar-se deles.

Bernardino Santi – É muito difícil. Além da dependência física e psicológica que desenvolve, quando não quer mais utilizar essas substâncias, a pessoa é assediada por aqueles que as vendem porque temem ser denunciados às autoridades policiais. Segundo relatos de pacientes meus, existem verdadeiras máfias envolvidas no comércio clandestino de anabolizantes que começam a fazer ameaças, o que torna a coisa mais perigosa.

 

ORIENTAÇÕES

 

Drauzio – Sei que a pergunta é delicada, mas existe uma dose segura para quem deseja ficar com massa muscular mais exuberante?

Bernardino Santi – Estou certo de que não há nível seguro de dosagem porque não temos como controlar o sistema endocrinológico, que nem sequer foi, ainda, totalmente elucidado. Até hoje, estamos estudando o comportamento das células sob a ação dos hormônios sem ter chegado a conclusões definitivas.

Por isso, as pessoas devem treinar, alimentar-se adequadamente e procurar um profissional especialista em medicina esportiva quando querem melhorar sua performance. Existem médicos cadastrados pela Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva que estão capacitados para indicar aminoácidos ou outra suplementação necessária para cada indivíduo em particular.

Os anabolizantes são medicamentos estritamente de uso médico para doenças específicas. Para pessoas doentes e não para pessoas sadias.  Embora haja colegas que prescrevam essas substâncias para tornar a musculatura mais exuberante, isso é conseguido de forma artificial e insegura e tem sido alvo de enorme discussão.

 

Drauzio – Adolescentes que estão tomando anabolizantes podem suspender o uso de uma vez ou devem descontinuá-lo gradativamente?

Bernardino Santi – A orientação é que suspendam o uso de uma vez, façam controles da função hepática e renal (existem exames de sangue para isso) e procurem um cardiologista. É preciso restabelecer a homeostasia e colocar o organismo nos eixos.

A experiência tem mostrado que a parada gradativa não funciona para os anabolizantes, assim como não funciona para quem se propõe a deixar de fumar. Agindo dessa forma, as pessoas estão só se enganando, pois continuam utilizando uma substância que compromete sua saúde.

 

PERFIL DO USUÁRIO

 

Drauzio – Qual é o perfil do usuário de anabolizantes nas academias?

Bernardino Santi – A experiência no consultório e o levantamento que a Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva está fazendo permitem localizar alguns aspectos que caracterizam o usuário de anabolizantes. Em geral, 80% são homens, entre 16 e 30 anos, de alto poder aquisitivo e 70% têm o terceiro grau completo. São pessoas que desconhecem os reais efeitos negativos dos esteroides anabolizantes ou, se conhecem, fazem de conta que não sabem. O assustador é que 50% deles, mesmo a par dos efeitos e já apresentando algum tipo de distúrbio, acham que vale a pena arriscar mais um pouco  para ter um corpo bonito e deixar o problema para resolver depois.

 

Drauzio – Um corpo bonito segundo um critério estético que eles próprios estabeleceram.

Bernardino Santi – Um critério estético que remete à discussão sobre que tipo de sociedade queremos construir. De modo geral, as pessoas, dentro e fora da família, a imprensa falada e escrita, a televisão só valorizam o corpo bonito, a beleza exterior. Não há espaço para outros valores, para a beleza interna. Que mundo, que sociedade queremos para nossos filhos é uma reflexão que todos precisamos fazer.

 

Drauzio – O estranho é que, do ponto de vista estético, acho feios esses garotos deformados  pela musculatura que desenvolveram e grande parte das mulheres tem a mesma opinião.

Bernardino Santi – Nosso trabalho revelou que 75% das garotas entre 15 e 23 anos não gostam de rapazes muito musculosos. Por paradoxal que possa parecer, o rapaz procura ter um corpo bonito e se expõe a situações de risco que, às vezes, não têm volta para conquistar garotas que não se interessam por rapazes com musculatura excessivamente desenvolvida.

O que queremos para esses jovens é a pergunta que torno a fazer. Queremos que sejam saudáveis, alimentem-se bem, façam esporte e musculação na medida adequada, o que obviamente lhes proporcionará maior chance de vida feliz.

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