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Cigarro eletrônico também pode deixar os dentes amarelados

homem fuma cigarro eletrônico, que também afeta os dentes
Publicado em 11/12/2023
Revisado em 11/12/2023

Não é apenas o cigarro tradicional que influencia a saúde bucal. O cigarro eletrônico também prejudica os dentes e o sorriso. Saiba quais são as consequências do seu uso.

 

Sorriso amarelado e mau hálito: quando uma pessoa fuma, é difícil se livrar dessas características. Na tentativa de evitá-las, muitas pessoas optam pelo cigarro eletrônico, achando que os efeitos negativos não existem ou são mais fáceis de esconder. Mas esse é um grande engano: o vape também têm impactos ruins tanto na estética quanto na saúde bucal.

Veja também: Quais os efeitos do cigarro eletrônico no organismo?

 

Problemas na cavidade oral causados pelo cigarro eletrônico

Além de prejudicar o funcionamento dos pulmões, do coração e de vários outros órgãos, o cigarro eletrônico também afeta o bem-estar da cavidade oral. “Ele causa doenças periodontais, como gengivite e acúmulo de tártaro, manchamento dos dentes e afeta ainda a cicatrização”, elenca Paola Kerber, odontologista e gerente de operações da Clínica de Odontologia Yappy Campinas.

O principal motivo são os produtos químicos presentes nos vapes, que incluem substâncias ácidas. A fumaça do aparelho também pode causar irritação na gengiva e na mucosa da boca.

 

Manchamentos

O amarelamento dos dentes, por exemplo, está diretamente relacionado aos produtos químicos presentes no cigarro eletrônico, como nicotina, alcatrão e diversos outros. Eles aderem à superfície dos dentes e provocam manchas de cor amarelada ou marrom.

 

Redução da sensibilidade

“As substâncias dentro daquele líquido também podem causar erosão no esmalte, deixando os dentes mais sensíveis com o passar dos anos”, acrescenta Paola. Os tecidos orais, como língua e paladar, são afetados, interferindo na percepção de sabores e texturas na hora de comer.

 

Doenças periodontais

O vape atinge todo o sistema circulatório e imunológico, o que prejudica a circulação sanguínea. Com o tempo, isso leva ao favorecimento de doenças periodontais, como gengivite e periodontite. Essas condições geram inflamação das gengivas e, em casos mais graves, perda óssea.

 

Diminuição da cicatrização

Outra consequência é a diminuição na capacidade de cicatrização, que também está relacionada ao bom funcionamento da circulação sanguínea. Para pacientes odontológicos, o problema dificulta a recuperação após procedimentos como extração de dentes ou implantes. Como a cicatrização está comprometida, a formação óssea ao redor de um implante, por exemplo, não acontece como deveria, limitando a osseointegração com o osso da mandíbula e reduzindo as chances de sucesso da cirurgia. 

 

Redução da saliva

O uso dos cigarros eletrônicos irritam ainda as glândulas salivares e causam danos no revestimento bucal, diminuindo a produção de saliva. A saliva é extremamente importante para manter a higiene bucal e dar início à digestão. Os efeitos da sua redução incluem aumento de cáries, mau hálito e risco de infecções e doenças periodontais.

 

Câncer bucal

“O cigarro eletrônico pode também aumentar o fator de risco para câncer. Os produtos químicos que existem no vape levam a mutações das células, provocando o crescimento de células cancerígenas”, alerta a odontologista. Entre os tumores relacionados, estão os de lábio, garganta, gengiva, revestimento das bochechas e palato.

 

Como prevenir?

A principal dica da dra. Paola é parar de fumar. Se a pessoa não quiser ou não conseguir, ela deve manter a escovação e o uso do fio dental em dia e realizar o acompanhamento frequente com um dentista. Se o indicado para a população geral é fazer um check-up bucal a cada 6 meses, para fumantes, esse intervalo diminui para 3 meses.

“Quanto antes diagnosticado o câncer bucal, por exemplo, melhor. Se você tem um acompanhamento, às vezes aparece uma lesão pequena que é diagnosticada cedo e ajuda no bom prognóstico”, destaca Paola.

Veja também: Como usar o fio dental do jeito certo?

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