Câncer de laringe

Cerca de 60% dos casos de câncer de laringe se desenvolvem na glote. O tipo mais comum é o carcinoma das células escamosas.

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Publicado em: 31 de outubro de 2011

Revisado em: 6 de abril de 2021

Cerca de 60% dos casos de câncer de laringe se desenvolvem na glote. O tipo mais comum é o carcinoma das células escamosas.

 

A laringe é um órgão em forma de pirâmide constituído por cartilagens, músculos e membranas. Ela está localizada na região da garganta, entre a traqueia e a base da língua, da qual é separada pela epiglote, uma espécie de válvula que se fecha durante a deglutição e abre-se para permitir o fluxo de ar durante a respiração.

A laringe pode ser dividida em três diferentes compartimentos: subglote, glote e supraglote. É na glote que estão as cordas vocais, pequenas pregas que vibram com a passagem do ar e fazem parte do aparelho fonador.

Os tumores malignos podem surgir em qualquer região da laringe, mas 60% deles se desenvolvem na glote. O tipo mais comum é o carcinoma das células escamosas, com predominância entre os 50 e 70 anos.

 

Veja também: Laringe

 

Fatores de risco

 

Os principais fatores de risco para o câncer de laringe são o cigarro e o álcool. A associação entre tabagismo e uso habitual de bebidas alcoólicas aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença.

Embora pouco frequentes, são considerados possíveis fatores de risco a infecção pelo papiloma vírus humano, o refluxo gastroesofágico e a poluição ambiental.

 

Sintomas

 

Rouquidão costuma ser o sintoma inicial do câncer de laringe e, geralmente, está associada a um tumor na glote ou na subglote. Quando ele está situado acima da glote (supraglote), os sintomas são dor de garganta persistente, dificuldade para engolir e sensação de um corpo estranho na altura do pescoço. Quando se encontra abaixo da glote (subglote), pode provocar dificuldades respiratórias.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico do câncer de laringe considera os sintomas, o histórico do paciente, se é ou foi fumante e usuário habitual de álcool. Exames de imagem como a laringoscopia direta e indireta para visualizar a região afetada são importantes para o diagnóstico, mas não dispensam a realização da biópsia, que pressupõe a retirada de fragmento do tumor para análise, a fim de determinar se é maligno ou não. Se for maligno (nem todos são), é fundamental saber o grau de estadiamento da doença para orientar o tratamento.

 

Tratamento

 

O tratamento do câncer de laringe leva em consideração o estágio da doença e conta com os seguintes recursos: quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de cura que podem atingir índices superiores a 90% nos quadros iniciais.

A retirada cirúrgica da laringe (laringectomia total) só é indicada nos casos avançados que não responderam a outras formas de tratamento, pois implica a perda da voz e a colocação de traqueostomia definitiva. Mesmo nessas situações, porém, é possível restaurar a fala dos pacientes utilizando próteses fonatórias tráqueo-esofageanas, que desviam parte do ar da traqueia para o esôfago, ou a laringe eletrônica, conhecida como voz robotizada monotonal.

 

Recomendações

 

  • Não se iluda. Rouquidão que não regride por mais de duas ou três semanas, especialmente nos fumantes e usuários habituais de álcool, pode ser sinal de alterações na laringe, que merecem avaliação, diagnóstico e acompanhamento médico;
  • Fique longe do cigarro. O tabaco é o principal responsável pelo câncer de laringe especialmente quando associado ao consumo de bebidas alcoólicas;
  • Informe seu médico sobre outros casos de câncer de laringe na família.

 

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