O calor intenso no Carnaval exige cuidados como protetor solar e roupas com proteção UV para evitar queimaduras na pele. Aprenda a se proteger!
Com expectativa de reunir mais de 50 milhões de foliões nas ruas, segundo o Ministério do Turismo, o Carnaval de 2025 promete ser animado, mas também um verdadeiro desafio para a saúde da pele. Uma intensa onda de calor deve atingir o país durante o feriado, com temperaturas podendo chegar a 34°C em São Paulo e 38°C no Rio de Janeiro, de acordo com o Climatempo.
Ficar horas sob o sol sem proteção adequada pode causar queimaduras, bolhas, insolação e dermatite (inflamação da pele). Além disso, o excesso de radiação ultravioleta aumenta o risco de câncer de pele, um dos mais comuns no Brasil. O calor intenso também pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a infecções, como, por exemplo, o vírus do herpes.
Para curtir a maior festa popular brasileira com segurança e sem prejuízos à saúde, é fundamental adotar alguns cuidados. Confira as orientações de especialistas consultados pela reportagem do Portal Drauzio.
Lambuze-se de protetor solar
Evitar o sol entre 10h e 16h, quando a radiação UV é mais intensa, é o ideal. No entanto, como os bloquinhos de Carnaval acontecem o dia todo, nem sempre é possível seguir essa recomendação. Por isso, é ideal “lambuzar” o corpo todo com protetor solar. “É importante lembrar de proteger áreas frequentemente esquecidas, como orelhas, nuca, couro cabeludo (quando exposto), mãos e pés”, disse a dra. Anna Karoline Moura Tomazini, dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba.
A especialista recomenda protetor com FPS de 30, no mínimo, reaplicado a cada uma hora e meia. Para FPS 50, a reaplicação pode ser feita a cada duas horas e meia; para FPS 70, a cada três horas. A recomendação vale tanto para protetor comum como para o à prova d’água, que, apesar de durar um pouco mais, também perde o potencial de proteção com o tempo, segundo a médica.
Regra dos três dedos no rosto
O protetor solar para o rosto deve ser diferente do usado no corpo, segundo a especialista. Isso porque produtos para o corpo são mais fluidos e podem causar acne. Por isso, é recomendado usar protetores específicos para a face.
A dra. Anna sugere a “regra dos três dedos” para garantir a proteção adequada. “Aplique três linhas de protetor solar nos dedos indicador, médio e anelar. Essa quantidade é suficiente para cobrir o rosto e para a pessoa ficar protegida do sol”, indica.
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Protetor físico ou químico
Os protetores solares podem ser físicos ou químicos. A dra. Bianca Costa Soares de Sá, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que a principal diferença entre os dois é o modo de ação. Enquanto o primeiro reflete a radiação ultravioleta, o segundo absorve essa radiação.
“O protetor físico, que tem uma maior concentração de ativos físicos, tende a ser mais estável, dura mais e causa menos reações alérgicas. No entanto, ele pode ter uma dificuldade maior para espalhar. Já o protetor químico, por outro lado, tem uma espalhabilidade melhor. Por isso, a maioria das formulações combina os dois tipos: para garantir uma espalhabilidade mais fácil, uma durabilidade maior e uma estabilidade melhor”, diz.
O protetor físico é recomendado para peles sensíveis, crianças e gestantes, por ser hipoalergênico, segundo a dra. Anna. Já o químico é mais indicado para peles normais e oleosas, por ter textura mais leve e fácil de espalhar.
De olho na data de vencimento
Vale também ficar de olho na data de vencimento do protetor solar. “Quando um produto está vencido, há risco de alergia devido à aplicação e, principalmente, ele pode não funcionar. Ao aplicar um protetor vencido, você não estará protegido”, afirma a dra. Bianca.
Acessórios protetores
Além do protetor solar, acessórios podem ser grandes aliados na proteção contra os raios UV. Na hora de escolher a fantasia, vale incluir itens como óculos escuros, bonés, chapéus de aba larga e roupas com proteção UV.
“As roupas com proteção UV são uma ótima opção, porque elas acabam protegendo mais do que um tecido comum e a área do corpo que tiver coberta com uma roupa com proteção UV, a gente não precisa ficar se preocupando em aplicar o protetor solar por baixo dessa roupa, só nas áreas sem a cobertura da roupa”, diz a dra. Bianca.
Queimou? Veja o que fazer
Se, mesmo com todos os cuidados, a pele ficar vermelha ou irritada, é importante adotar medidas pós-sol. Hidratar a pele com produtos específicos, como loções ou géis pós-sol (sem muito perfume e álcool) e beber bastante água para repor a hidratação são passos essenciais, segundo as especialistas. Em casos de queimaduras graves, com bolhas ou dor intensa, a recomendação é procurar um dermatologista imediatamente para um tratamento personalizado.
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