Ouça as recomendações de prevenção do Dr. Drauzio neste podcast sobre câncer de mama.
Nos dias de hoje, câncer de mama é um diagnóstico cada vez mais frequente em mulheres cada vez mais jovens. No passado, provavelmente as mulheres ficavam menos expostas a ação dos hormônios femininos — que exercem um impacto importante no aparecimento desta doença —, porque se casavam cedo, engravidavam logo e tinham vários filhos — que alimentavam por longos períodos — e ficavam sem menstruar.
Hoje, são muitas as meninas que menstruam aos 11~12 anos, a menopausa é cada vez mais tardia, e o número de filhos muito menor, o que torna as mulheres mais vulneráveis à ação do estrógeno e da progesterona — os hormônios sexuais.
Este não é o único fator predisponente para a doença. Existem outros: entre eles, destacam-se a dieta ocidental moderna, com alto teor de gordura; a vida sedentária; a obesidade; a reposição hormonal; a predisposição genética, que é responsável por um a 10% dos casos da doença; e o consumo de álcool.
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Embora o autoexame deva ser feito com regularidade, é muito importante diagnosticar precocemente o câncer de mama numa fase que nem a mulher, nem o médico conseguem palpar a lesão porque ela ainda é muito pequena.
Para prevenir a doença, a mulher tem que submeter-se a um programa rotineiro de mamografias. A recomendação é que, a partir dos 40 anos, mulheres que não apresentem fatores de risco nem história familiar da doença, façam uma mamografia por ano. A partir dos 50 até os 75 anos este exame deve ser feito rigorosamente, porque esta é a faixa-etária em que ocorre a maior incidência.
Depois dos 75 anos, o câncer de mama deixa de constituir risco importante para a mortalidade da mulher idosa. A partir desta idade, a mamografia deve ser repetida a critério médico.