Ouça o comentário do dr. Drauzio neste podcast sobre gravidez tardia.
Na década de 1960 considerava-se a idade ideal para a primeira gravidez a faixa entre 18 e 25 anos. Atualmente, admite-se como ideal o período entre 20 e 30 anos, quando o aparelho reprodutor feminino está totalmente preparado sob o ponto de vista anatômico, funcional e fisiológico.
Diante da tendência de as mulheres engravidarem mais tarde, é possível que daqui a alguns anos esses números sejam revistos e o tempo alargado significativamente, apesar de a fertilidade feminina ir declinando com o passar dos anos e as mulheres não ovularem mais todos os meses.
No momento, gravidez depois dos 30 anos é considerada de risco, porque a mulher está mais propensa a desenvolver hipertensão arterial, diabetes ou doenças de base pré-existentes; e aumenta o risco de gerar uma criança com síndrome de Down.
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Apesar desses inconvenientes, quando recebe os cuidados necessários, a grande maioria das mulheres com mais de 35 anos leva a gestação a termo com tranquilidade, e dá a luz a um bebê sadio.
Como para todas as outras mulheres, também é melhor iniciar o pré-natal antes da concepção, fazendo exames laboratoriais, passando por uma avaliação clínica. Essa precaução permite que, três meses antes de engravidar, as mulheres comecem a tomar ácido fólico, como forma de prevenir malformações no sistema nervoso central; o ácido fólico é uma vitamina que não dá nenhum efeito colateral.
Aqui vale a recomendação de sempre: tenha sido ou não planejada a gravidez, o acompanhamento pré-natal deve começar o mais depressa possível. Nada impede que as mulheres que vão dar a luz depois dos 35 anos de idade levem [uma] vida normal, mas é aconselhável que reduzam um pouco o ritmo das atividades.