A Organização Mundial da Saúde (OMS) listou as dez principais causas de incapacitação, no mundo.
Em ordem decrescente do número de anos de atividade perdidos por causa das limitações físicas e mentais impostas por uma enfermidade, são elas:
Veja também: Estresse e depressão
- Depressão: 76,4 milhões de anos perdidos ou 10,5% do total de anos perdidos pela somatória de todas as enfermidades;
- Dores nas costas e na coluna cervical: 53,9 milhões de anos perdidos; 7,3% do total;
- Anemia por deficiência de ferro: 43,6 milhões de anos perdidos; 5,9% do total;
- Doenças pulmonares crônicas: 30,7 milhões de anos perdidos; 4,2% do total;
- Transtornos causados pelo uso de álcool: 27,9 milhões de anos perdidos; 3,8% do total;
- Transtornos de ansiedade: 27,6 milhões de anos perdidos: 3,7% do total;
- Diabetes: 22,5 milhões de anos perdidos; 3,0% do total;
- Perda de audição: 22 milhões de anos perdidos; 3,0% do total;
- Traumatismos por quedas: 20,4 milhões de anos perdidos; 2,8% do total;
- Enxaqueca: 18,5 milhões de anos perdidos; 2,5% do total.
Principal causa do número de anos de vida perdidos por morte ou pelo convívio com a enfermidade, a depressão acomete cerca de 350 milhões de pessoas, no mundo, número que certamente subestima o total de casos.
O fato de persistir por vários anos, a alta prevalência e a distribuição ubíqua pelos cinco continentes explicam os 76,4 milhões de anos perdidos por incapacidade física (YLD).
Quando consideramos as mortes por depressão somadas aos anos perdidos por incapacidade (DALYS), depressão fica em nono lugar, atrás das enfermidades cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, aids, violência urbana e outras.
Ao contrário destas, no entanto, quadros depressivos padecem de falta de diagnóstico, preconceito social, estigma, tratamentos ineficazes ou inadequados e serviços de saúde mental precários.
Pessoas deprimidas frequentemente se queixam de cefaleia, alterações do sono e dores no corpo, sintomas que fogem dos critérios geralmente usados para diagnóstico, que se restringem à tristeza, falta de motivação e fadiga.
Segundo a OMS, praticamente a metade da população da Terra vive em países com um a dois psiquiatras para cada 100 mil habitantes.
O Afeganistão foi o país que relatou a prevalência mais elevada da doença: 22,5% do total de anos perdidos. As guerras constituem fatores de risco reconhecidos, da mesma forma que a violência doméstica e os abusos sexuais na infância. O país tem 0,16 psiquiatras para cada 100 mil habitantes.
Na China, a prevalência é de 3,02%, número baixo provavelmente explicado pela forma como a doença é diagnosticada no país. Pessoas deprimidas frequentemente se queixam de cefaleia, alterações do sono e dores no corpo, sintomas que fogem dos critérios geralmente usados para diagnóstico, que se restringem à tristeza, falta de motivação e fadiga.
Na Suíça, a prevalência é de 6,16%. O país tem 41,42 psiquiatras para cada 100 mil habitantes e oferece assistência médica universal.
Os estudos mostram que, mesmo num cenário favorável como esse, os tratamentos mais eficazes conseguem reduzir apenas 10% a 30% dos níveis de incapacidade.