Linfoma não hodgkin possui sintomas como o aparecimento de linfonodos aumentados na região do pescoço, axilas e virilha, febre, perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido (coceira), inapetência e cansaço.
Linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos linfonodos (ou gânglios). Ocorre quando uma célula normal do sistema imune encarregado de defender o organismo de infecções, chamada linfócito, cresce desordenadamente, sem parar, e espalha-se pelos linfonodos, em especial, pelos da região do pescoço, axilas e virilha, mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.
Os linfomas podem ser classificados basicamente em dois grandes grupos: linfomas Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). Nos dois casos, eles têm comportamento e grau de agressividade diversos.
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Existem mais de 20 tipos diferentes do linfoma não Hodgkin, classificados de acordo com o tipo de célula linfoide e o comportamento biológico: os indolentes, com evolução lenta, e os agressivos, de crescimento rápido e mais invasivos.
A incidência tem aumentado nos últimos anos. Embora possa manifestar-se em pessoas de qualquer idade, parece que atinge mais os homens do que as mulheres com idade superior a 60 anos.
Causas e fatores de risco
Não se conhecem as causas do linfoma não Hodgkin. No entanto, já foram estabelecidas algumas associações com os seguintes fatores de risco:
- Infecção pelos vírus HIV, Epstein-Barr e HTLV1, e pela bactéria Helicobacter pylori;
- Exposição a agentes químicos, entre eles, os herbicidas, fertilizantes, inseticidas, pesticidas e solventes;
- Exposição a altas doses de radiação.
Sintomas
Os principais sintomas do linfoma não Hodgkin são o aparecimento de linfonodos aumentados na região do pescoço, axilas e virilha, febre, perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido (coceira), inapetência e cansaço.
A disseminação do tumor pode provocar sintomas correlacionados com os órgãos atingidos: tosse e falta de ar (pulmões); icterícia (fígado), dificuldade para urinar (rins), distensão abdominal, entre outros.
Diagnóstico
O diagnóstico do linfoma não Hodgkin é feito pela biópsia do tecido de um linfonodo ou de um órgão com sinais da doença. É importante estabelecer o diagnóstico diferencial com o linfoma Hodgkin e alguns tipos de leucemia.
Uma vez instituído o diagnóstico, exames de imagem, como RX de tórax, tomografia, ressonância magnética e PRT-CT são úteis para determinar o estadiamento da doença, isto é, a sua extensão e a localização das áreas do organismo atingidas. O prognóstico será tanto melhor, quanto mais inicial for o estágio da doença.
Tratamento
Linfomas não Hodgkin costumam responder bem ao tratamento com quimioterapia, associada ou não à radioterapia e à imunoterapia com os anticorpos monoclonais e citoquinas.
Quando essas abordagens terapêuticas não atingem os resultados desejados e nas recidivas da doença, o transplante de medula óssea é um recurso a ser considerado.
Recomendações
Como ainda não foram descobertas formas eficazes de prevenir o aparecimento dos linfomas não Hodgkin, é importante estar atento às seguintes recomendações:
- Procure assistência médica se notar a presença de linfonodos aumentados em diferentes áreas do corpo, mesmo que eles não doam nem incomodem. Não se automedique;
- Não fume;
- Pratique exercícios físicos;
- Adote uma dieta balanceada. Não fuja das frutas e verduras.