É possível conviver normalmente com a doença, mas é necessário controle. Conheça a asma em 7 perguntas.
A asma é uma doença inflamatória crônica que precisa de tratamento contínuo. Crises podem ser assustadoras, mas elas podem ser prevenidas com mudanças no dia a dia e medicamentos. O médico pneumologista Oliver Nascimento esclarece as principais dúvidas.
Este conteúdo faz parte de uma parceria entre o Portal Drauzio Varella e o Grupo DPSP.
Como reconhecer um possível caso de asma?
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e muito frequente no Brasil — atinge cerca de 20 milhões de pessoas. Os sintomas são, geralmente, recorrentes e se apresentam em forma de crises.
Qual a principal característica da doença?
Seus sintomas surgem em crises que envolvem falta de ar, chiado e tosse. Geralmente, essas crises são desencadeadas por alguns fatores. Em quadros mais graves, esses sintomas são mais contínuos, levando à incapacidade no dia a dia.
O que pode desencadear uma crise?
Os fatores são vários e variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são poeira doméstica (pó em estantes, carpetes, cortinas), pelos de animais domésticos (principalmente cachorros e gatos), exposição a mofo e cheiros fortes (produtos de limpeza e perfumes).
É possível prevenir uma crise?
Sim, é possível. O principal é descobrir o que desencadeia essa crise. Ao procurar uma consulta com o médico, ele identificará, junto com o quadro clínico, quais os fatores para que você possa evitá-los. Além disso, é importante seguir o tratamento com medicação (via inalatória ou bombinha).
Todo paciente precisa usar bombinha?
Sim, mas de formas diferentes, pois o tratamento da asma deve ser individualizado. As pessoas que têm sintomas esporádicos utilizarão medicação de alívio, à base de broncodilatadores; porém, aqueles que apresentarem sintomas mais persistentes devem utilizar medicamento inalatório diariamente.
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É verdade que bombinha vicia?
Não, ela não vicia. Os medicamentos de via inalatória que tratam a asma são de dois tipos: um de alívio, que promove a vasodilatação dos brônquios, e outro de manutenção, que utiliza o corticoide inalatório para diminuir a inflamação das vias aéreas.
O mito surgiu porque quando os sintomas aparecem com frequência, o paciente utiliza mais o medicamento de alívio. Porém, há casos em que ele se torna insuficiente e deixa de fornecer uma resposta adequada.
A doença está relacionada a outros problemas respiratórios?
Sim, está associada tanto a outros problemas respiratórios como a outras doenças. A mais frequentemente associada é a rinite alérgica, presente em 80% dos pacientes com asma. Também pode estar associada ao refluxo gastroesofágico e à obesidade, por exemplo.
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