Respondemos às principais dúvidas dos leitores que desejam compreender melhor o que é a ereção, suas causas e os cuidados para uma vida sexual mais saudável.
Falar sobre sexualidade ainda é tabu, seja por fatores culturais, julgamentos sociais ou vergonha. No entanto, as buscas no Google não param — e revelam exatamente o que as pessoas querem saber. Com o apoio do urologista Rafael Siqueira, selecionamos e respondemos às cinco perguntas mais populares feitas no buscador nos últimos 12 meses.
- O que é e como acontece a ereção?
Por mais simples que essa pergunta pareça, muitos ainda têm dificuldade para entender o funcionamento da ereção. Segundo Siqueira, trata-se de um fenômeno neurovascular, no qual os corpos cavernosos do pênis se enchem de sangue a partir de um estímulo erótico ou sexual. “Esse estímulo vem do sistema nervoso central (tátil, auditivo, visual, olfativo), levando o pênis do estado flácido (mole) ao estado ereto (duro). Esse enrijecimento do pênis é o que permite haver a penetração”, explica o especialista.
- Quantas ereções podem ocorrer ao longo do dia?
Não há um número fixo; a quantidade varia conforme o organismo de cada pessoa. “O pênis reage ao estímulo erótico/sexual ficando ereto, então isso pode acontecer várias vezes durante o dia”, explica Siqueira — inclusive com ou sem estímulo direto. As ereções noturnas também são frequentes e consideradas normais.
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- Qual é a duração da ereção e como mantê-la?
Essa é uma dúvida recorrente, muitas vezes ligada à performance sexual. Vale destacar que não existe um tempo “padrão” para a ereção. “A queixa inicial de um paciente com disfunção erétil é que ele não consegue manter uma ereção por muito tempo, mesmo com o estímulo erótico/sexual. Então se você tiver com o mecanismo de ereção saudável, enquanto o estímulo sexual estiver presente, você vai ter a ereção”, diz o urologista.
- Como é possível melhorar a ereção?
“A ereção precisa que seus mecanismos estejam saudáveis para poder atuar bem. Então, as doenças devem ser controladas (como o diabetes e a pressão alta), manter exercícios físicos, hidratação, controle do peso, interrupção do tabagismo, entre outros fatores”, orienta Siqueira. A alimentação também exerce papel importante na saúde sexual.
- O que causa a ausência de ereção?
A dificuldade em obter ou manter uma ereção é chamada de disfunção erétil — a incapacidade de atingir rigidez peniana suficiente para uma relação sexual satisfatória. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum com o envelhecimento. “A disfunção erétil orgânica, aquela em que há uma questão física envolvida, acontece quando há um comprometimento na função neurovascular. As artérias penianas são mais finas do que as coronárias (artérias do coração), então a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de que a saúde cardiovascular não anda boa”, afirma o especialista.
Fatores como sedentarismo, tabagismo e excesso de peso também afetam a função erétil. Já entre os mais jovens, as causas mais comuns são ansiedade, nervosismo e medo. “A adrenalina tem um papel fundamental no ato sexual, que prejudica a ereção. Ela liberada pode acarretar no relaxamento do tecido peniano”, acrescenta.
Atualmente, existem diversas abordagens para tratar dificuldades de ereção: psicoterapia, medicamentos orais ou injetáveis e, em alguns casos, próteses penianas. Se você tiver dúvidas ou precisar de orientação específica, procure um urologista — ele poderá indicar o melhor caminho para o seu caso.
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