A transmissão da sarna humana ocorre por meio do contato com uma pessoa infectada ou por objetos compartilhados. Ouça esse episódio do podcast sobre escabiose.
Quando ouvimos a palavra “sarna” pensamos logo nos cachorros de rua, abandonados, sem dono. Esse tipo de doença raramente passa para os homens. Já a escabiose humana, também conhecida como sarna, é um tipo de infestação causada por um parasita, um ácaro, que se alimenta das proteínas existentes na descamação das camadas superficiais da pele.
O macho morre depois do acasalamento, e a fêmea penetra na epiderme através de pequenos túneis, para depositar os ovos, que eclodem duas semanas depois, liberando vários parasitas embaixo da pele.
A escabiose humana é uma infecção muito contagiosa, que acomete pessoas de todos os extratos sociais. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pele da pessoa infectada, ou pelas roupas, cadeiras e poltronas, nas quais o ácaro encontrou condições favoráveis para sobrevivência.
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Os sinais mais marcantes da sarna são coceira — que fica mais intensa à noite — e as pápulas — lesões vermelhinhas, um pouco elevadas na pele —, que se localizam preferencialmente nas mãos, entre os dedos, nas axilas, na parte da frente do tórax, no abdômen, nas nádegas e nas regiões dos órgãos sexuais — principalmente masculinas. Nas crianças, é comum as lesões aparecerem na face, no couro cabeludo, nas palmas das mãos e na planta dos pés.
O tratamento é feito com loções que devem ser aplicadas na pele do corpo inteiro — da orelha até a planta dos pés. A aplicação deve ser repetida depois de uma semana a 10 dias, para combater os parasitas que ainda estavam dentro dos ovos nas aplicações anteriores.
Todas as pessoas que convivem com portador de escabiose ou sarna devem ser tratadas ao mesmo tempo, tenham ou não sinais evidentes da doença, para combater definitivamente a infecção dentro de casa. Manter bons hábitos de higiene é a melhor forma de prevenir a sarna.