Doença pode ser fatal; portanto, é essencial diagnosticar o quanto antes para iniciar o tratamento rapidamente. Saiba mais neste podcast sobre cirrose.
Cirrose é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea no interior do fígado. O fato de o fígado passar a produzir tecido de cicatrização no lugar das células saudáveis — que morrem — compromete o desempenho de suas funções básicas e essenciais.
O uso abusivo de álcool é a principal causa da cirrose hepática, mas não é a única. Existem outras, como as hepatites crônicas, provocadas pelos vírus B e C; a hepatite autoimune; algumas doenças metabólicas e vasculares; o uso de determinados medicamentos; e ainda a cirrose biliar primária — que já se instala de cara no fígado, sem qualquer outra causa aparente.
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Durante muito tempo a cirrose pode evoluir sem sintomas; quando eles se manifestam é porque a doença já se encontra avançada. Náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal, prisão de ventre, cansaço, fígado aumentado, olhos e pele amarelados, urina escura — cor de coca-cola —, perda de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas) e ascite — ou barriga d’água — são alguns dos sintomas mais importantes. Nos casos mais avançados ainda, pode ocorrer a chamada encefalopatia hepática — que é uma síndrome que provoca alterações cerebrais, causadas pelo mau funcionamento do fígado.
Cirrose hepática é um processo patológico irreversível que pode ser fatal. Por isso é importante fazer o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento o mais depressa possível, a fim de eliminar o agente agressor — no caso do álcool e das drogas — ou combater o vírus da hepatite e adiar ou evitar o aparecimento de complicações mais graves. E nos casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura da cirrose.