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Drogas Lícitas e Ilícitas

DrauzioCast #47 | Alcoolismo na adolescência

Publicado em 26/03/2019
Revisado em 16/03/2021

Alcoolismo na adolescência é um problema não só para o indivíduo: é uma questão de saúde pública.

 

 

 

Hoje, os jovens começam a beber cada vez mais cedo, e as meninas a beber tanto ou mais do que os meninos. Para essa reviravolta em relação ao uso do álcool entre os adolescentes — que ocorreu bruscamente de uma geração para a outra —, ocorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade.

Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de êxtase numa festa, acham normal que eles bebam, porque afinal todos bebem.

Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida, o álcool reduz o nível de ansiedade, e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver o alcoolismo.

Veja também: Entrevista com especialista sobre alcoolismo na adolescência

Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool, ou com o mau exemplo que alguns pais dão, vangloriando-se de que são capazes de beber uma garrafa de whisky ou dez cervejas num final de semana.

Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados.

Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento no número de acidentes e de atos de violência — muitos deles fatais — a que se expõem os usuários.

Proibir que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor a preocupação com a saúde e com a segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao abuso de álcool, dentro ou fora de casa.

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