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Pediatria

Teste da Orelhinha: para que serve e como é feito?

O teste da orelhinha é realizado ainda na maternidade e busca identificar possíveis problemas auditivos no bebê. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Publicado em 06/11/2024
Revisado em 12/11/2024

O teste da orelhinha é realizado ainda na maternidade e busca identificar possíveis problemas auditivos no bebê. 

 

No Brasil, 1,1% da população – cerca de 2,2 milhões de pessoas – tem algum grau de deficiência auditiva, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2019). 

O teste da orelhinha, também chamado de triagem auditiva neonatal, é um teste realizado em bebês recém-nascidos para detectar perdas auditivas congênitas. Trata-se de um teste rápido, seguro e indolor, realizado com o bebê dormindo e que leva cerca de cinco a dez minutos para ser concluído. 

“O teste é simples. Insere-se um pequeno fone na orelhinha do bebê, este produz um barulho suave que estimula a parte mais interna do ouvido, que em resposta emite um som, não audível, mas que é captado pelo fone. Se não houver a emissão desse som, ele não será captado pelo fone, então considera-se que a criança não passou no teste. E, assim, após a alta deve ser reavaliada em cerca de 30 dias”, explica Renata di Francesco, presidente do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Desde 2010, o teste da orelhinha é obrigatório para todos os bebês nascidos no Brasil. Normalmente ele é realizado na maternidade nas primeiras 48 horas de vida.

 

Por que fazer o teste da orelhinha?

A audição é muito importante para o desenvolvimento infantil. Segundo informações da SBP, o bebê escuta ainda no útero, por volta do quinto mês de gestação, conseguindo ouvir a voz e os sons do corpo da mãe. 

“É através da audição que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras essenciais para a fala”, informa a SBP. 

De acordo com a dra. Renata, é importante que todas as crianças sejam testadas porque, quanto mais precocemente for detectada a perda de audição, mais cedo será feito o diagnóstico e a reabilitação do problema, favorecendo, assim, o desenvolvimento típico da criança. 

Caso seja identificado algum problema no audição no bebê, o teste deve ser refeito. “Em geral, a crianças é retestada em 30 dias, e se não passar novamente, então deverá ser encaminhada para um otorrinolaringologista”, esclarece a médica. 

Veja também: DrauzioCast #151 | Perda auditiva

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