A quimioterapia não faz parte do arsenal terapêutico do carcinoma basocelular, porque esse tipo de lesão raramente evolui para um estágio avançado. Saiba mais sobre o câncer de pele do tipo carcinoma basocelular.
O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais incidentes no Brasil por dois fatores: localização geográfica, o que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e também pela cultura de praia, o que incentiva as pessoas a fazerem mais atividades ao ar livre.
Além disso, os adultos que hoje têm por volta de 40 ou 50 anos são de uma geração que, na infância, foi muito exposta à radiação solar sem proteção. O problema é que, a longo prazo, a radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, aumentando o risco de câncer.
Por tratar-se de um tumor constituído de células basais, que se localiza na região mais profunda da pele, e tipo de câncer cresce muito lentamente. Muitas vezes, as lesões se assemelham a uma verruga, podem sangrar em decorrência de pequenos traumatismos do dia dia e, por isso, precisam de investigação médica. Sua localização mais frequente é a região da cabeça e pescoço.
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Tratamento do carcinoma basocelular
A boa notícia é que os carcinomas basocelulares raramente se espalham para outras partes do corpo (não causam metástase). Assim, o tratamento, em cerca de 90% dos casos, é cirúrgico ou até mesmo tópico (com cremes). A quimioterapia não faz parte do arsenal terapêutico do carcinoma basocelular, porque esse tipo de lesão raramente evolui para um estágio avançado.
“O tratamento padrão-ouro é a remoção cirúrgica. Existe uma técnica cirúrgica chamada cirurgia micrográfica de Mohs que remove toda a lesão com controle microscópico das margens, para garantir que essa lesão seja removida completamente e não cause problemas no futuro. Lesões muito pequenas e superficiais, podem ser tratadas com cremes”, explica o dr. Rodrigo Guedes, oncologista clínico e membro do Comitê de Tumores de Pele da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Normalmente, as lesões pequenas podem ser extraídas em ambulatório, ou seja, o paciente não precisa ficar internado em hospital. O médico só faz anestesia local e extrai a lesão, e o paciente tem alta no mesmo dia.
Prevenção do câncer de pele
Para ajudar a prevenir o câncer de pele, é necessário evitar a exposição solar entre 10h e 16h, pois a radiação solar nesse período é maior. O uso de chapéu e óculos escuros até pode ajudar, mas só o filtro solar (em quantidades adequadas) consegue garantir uma proteção mais eficiente. Na dúvida, utilize a regra da colher de chá: aplique uma colher na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres na região dos braços, pernas e costas.
A aplicação deve ocorrer cerca de meia hora antes da exposição ao sol, para garantir melhor absorção na pele, e deve ser reaplicado a cada duas ou três horas ou após se molhar ou suar.
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