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Neurologia

Contaminantes ambientais pioram memória e tolerância ao estresse

Pesquisa brasileira identificou que presença de contaminantes ambientais pioram memória e tolerância ao estresse.
Publicado em 14/09/2012
Revisado em 08/07/2021

Pesquisa brasileira identificou que presença de contaminantes ambientais pioram memória e tolerância ao estresse.

 

Após analisar 130 idosos saudáveis, pesquisadores brasileiros descobriram que aqueles com níveis mais altos de contaminantes ambientais — como chumbo, cobre, zinco, cádmio e substâncias organocloradas — no sangue apresentavam problemas de memória e tolerância ao estresse.

O objetivo do estudo era comprovar cientificamente a hipótese de que a exposição a contaminantes que atuam como desreguladores endócrinos poderia influenciar o desempenho cognitivo das pessoas com mais de 60 anos.

 

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emória dos idosos

 

Para concluir a pesquisa, o Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) fez parceria com cientistas da Escola de Enfermagem e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Voluntários tiveram medidos os teores das substâncias e em seguida foram divididos em dois grupos: um com níveis de contaminantes acima da média e outro com níveis abaixo desse valor.

 

Estresse

 

Para avaliar o nível de estresse, os voluntários foram submetidos a situações de ansiedade, como falar em público e fazer cálculos matemáticos mentalmente. Os pesquisadores mediram o nível de cortisol (considerado o hormônio do estresse) antes das atividades e 90 minutos após o término dos exercícios. Depois foram aplicados testes para avaliar as memórias de curto e de longo prazo, a atenção e a fluência verbal dos voluntários.

As diferenças mais significativas foram percebidas nos idosos com níveis mais altos de chumbo, cobre e organoclorados no organismo. O grupo com teor de chumbo acima da média — 2 µg/dl (microgramas por decilitro) — apresentou secreção de cortisol 1,3 vez maior que os demais.

Já os voluntários com níveis de cobre acima de 116 µg/dl apresentaram secreção de cortisol sob estresse agudo 1,9 vez menor que a do outro grupo e desempenho 1,3 vez pior nos testes de memória. No caso das substâncias organocloradas, quanto maior a concentração no sangue, menor foi a secreção de cortisol basal e pior o desempenho da memória.

Tanto a secreção aumentada de cortisol como a reduzida aumentam a vulnerabilidade a transtornos de humor e cognitivos.

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