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Você sabe o que é endometrite?

A doença que afeta o endométrio pode ser aguda ou crônica e prejudicar a fertilidade. Saiba mais.
Publicado em 09/08/2022
Revisado em 09/08/2022

A doença que afeta o endométrio pode ser aguda ou crônica e prejudicar a fertilidade. Saiba mais.

 

Endometrite é o nome que se dá à inflamação do endométrio, camada que reveste a parte interna do útero. O problema geralmente é causado por bactérias e provoca sintomas como febre, dor abdominal, dor durante a relação sexual, sangramento ou secreção vaginal com odor forte

A inflamação pode ser aguda ou crônica. Os quadros agudos tendem a manifestar os sintomas mencionados acima, enquanto os crônicos podem ser praticamente assintomáticos, sem sinais específicos. 

“A endometrite pode ocorrer como consequência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) como clamídia, gonorreia ou doença inflamatória pélvica. Também pode acontecer como complicações de procedimentos no útero, como curetagem após aborto, colocação de DIU ou até mesmo após o parto”, explica a dra. Maitê Covas, ginecologista e obstetra especialista em reprodução assistida pela Theia, clínica voltada para o cuidado com gestantes.

Apesar do nome semelhante, a endometrite não tem relação direta com a endometriose. Ambas são doenças do endométrio, mas uma não causa a outra. 

 

Inflamação pode afetar a fertilidade

Assim como a endometriose, a endometrite também pode afetar a fertilidade. Isso acontece porque a inflamação torna o endométrio um tecido “inadequado” para a fixação do embrião e a consequente gestação. 

“Além disso, as mesmas bactérias que geram endometrite podem causar inflamação e obstrução nas trompas, levando à infertilidade”, afirma a médica. 

A doença também pode estar associada a casos de aborto no início da gravidez. 

Veja também: 5 causas frequentes de infertilidade

 

Endometrite após o parto

O parto é um dos fatores de risco para a ocorrência da endometrite. Segundo Maitê, isso acontece porque durante o parto existe uma “comunicação” entre a vagina e o endométrio devido à dilatação do colo do útero. Assim, algumas bactérias do trato genital podem subir e contaminar o interior do útero.

A inflamação pode surgir tanto após um parto vaginal quanto após uma cesárea, mas o risco é maior nos casos de cesárea. Durante a cirurgia, outras bactérias também podem chegar até a cavidade uterina.

“Casos de endometrite puerperal (pós-parto) geralmente são quadros agudos, cursando com febre, dor abdominal, calafrios, mal-estar e saída de pus ou sangue com odor fétido pela vagina”, relata a ginecologista. 

 

Tratamento da endometrite

De acordo com a especialista, geralmente, como a maioria dos quadros é causada por bactérias, o tratamento é realizado com o uso de medicamentos antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou injetável, a depender da gravidade do quadro.

Sem o tratamento adequado, a endometrite pode se tornar crônica ou evoluir para um quadro mais grave. “E quadros graves de infecção endometrial aguda podem levar a infecção generalizada [também chamada de septicemia ou sepse] e até mesmo a óbito”, destaca. 

Em caso de sintomas, procure atendimento para obter o diagnóstico e acompanhamento adequado. 

Veja também: Por Que Dói? #03 | Endometriose

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