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Ministério da Saúde inclui grávidas e puérperas em grupo prioritário de vacinação

grávida recebe vacina de enfermeira. veja informações sobre vacina contra a covid-19 para grávidas
Publicado em 28/04/2021
Revisado em 27/01/2022

Ministério da Saúde muda recomendação de vacinação para gestantes. Saiba mais sobre vacinação contra a covid-19 para grávidas e puérperas.

 

Nota técnica do Ministério da Saúde, lançada em 26/4/2021, incluiu grávidas e puérperas (mulheres no período de 45 dias após o parto) no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. Em 15/3/2021, o MS já havia incluído as grávidas com doenças preexistentes no grupo prioritário, que foi ampliado agora para todas as gestantes e puérperas.

Veja também: Gravidez e amamentação em tempos de covid

Em audiência na Câmara dos Deputados, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Franciele Francinato justificou a mudança na recomendação com base no alto número de internações e óbitos entre as gestantes, que correm mais risco de apresentar quadros graves de covid, nesta fase da pandemia. Segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), houve um aumento de 145,4% na média semanal de mortes de 2021 quando comparado com a média semanal do ano passado. Só este ano, até 10 de abril, morreram 362 gestantes e puérperas, ante 453 nas 43 semanas epidemiológicas de 2020.*

Apesar da mudança na recomendação, em um primeiro momento serão vacinas as grávidas com doenças preexistentes. O ministério não cita data específica para o início da vacinação de todas as grávidas e puérperas, população calculada em cerca de 3 milhões de pessoas, mas estima que a fase 1 da vacinação desse grupo deva começar ainda em maio.

 

Quem deve se vacinar na fase 1

 

Na primeira fase, serão vacinadas as gestantes, independentemente da idade da mulher e da fase gestacional, com doenças preexistentes, como:

  • Anemia falciforme;
  • Cirrose hepática;
  • Diabetes;
  • Doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, valvopatias etc.);
  • Doenças cerebrovasculares (AVC isquêmico ou hemorrágico etc.);
  • Doença renal crônica;
  • Hipertensão arterial resistente (pressão elevada que não baixa mesmo com tratamento adequado) ou em estágio 3;
  • Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;
  • Imunossuprimidas (indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos ou de medula óssea, pessoas com HIV, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses etc.);
  • Pneumopatias crônicas graves (DPOC, fibrose cística, asma grave etc.);
  • Obesidade grau 3 (IMC ≥ 40).

A gestante com doenças preexistentes (comorbidades) deverá comprovar a condição de risco por meio de exames, receitas, relatórios médicos ou outro documento médico.

O teste de gravidez não deverá ser pré-requisito para a vacinação.

Veja a lista completa das doenças preexistentes incluídas como prioritárias para vacinação contra a covid-19 aqui.

 

Quem deve se vacinar na fase 2

 

A fase 2 da vacinação, que ainda não tem dada para começar, inclui as gestantes e puérperas, independentemente da idade, da fase gestacional e da presença de condições preexistentes, que queiram se vacinar.

 

Qual vacina tomar

 

Todas as vacinas que estão ou estarão disponíveis no país poderão ser aplicadas em gestantes e puérperas.

 

Amamentação

 

O MS orienta que as puérperas que receberem a vacina contra a covid-19 não interrompam o aleitamento materno.

Veja também: Puerpério na pandemia: cuidados para amenizar as dificuldades dessa fase

 

Vacina contra a gripe e outras doenças

 

A grávida que receber a vacina contra o influenza (gripe) ou qualquer outra que conste do calendário de vacinação da gestante/puérpera deverá respeitar o intervalo de 14 dias antes de receber a vacina contra a covid-19.

Veja as vacinas recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para gestantes aqui.

 

Contraindicações

 

Não há contraindicações para vacinação de grávidas e puérperas, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, recomenda-se que os profissionais de saúde informem as mulheres de que a segurança e a eficácia das vacinas contra a covid-19 ainda não foram avaliadas em gestantes.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirma que apesar da falta de dados sobre a segurança da vacina em gestantes, esse grupo sofre um risco maior de desenvolver quadros graves de covid-19 e partos prematuros, portanto deve considerar a vacinação e conversar com seu médico sobre seus riscos e benefícios.

 

*Informações da Agência Brasil

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