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Síndrome do ovário policístico

Publicado em 15/12/2013
Revisado em 20/09/2023

A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal muito comum que pode causar problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como obesidade e infertilidade. 

 

Os ovários são dois órgãos, um de cada lado do útero, responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e por acolher os óvulos que a mulher traz consigo desde o ventre materno. Entre 20% e 30% das mulheres podem desenvolver cistos nos ovários, isto é, pequenas bolsas que contêm material líquido ou semi-sólido. São os ovários policísticos, que normalmente não têm importância fisiológica, mas que em torno de 10% estão associados a alguns sintomas. Os outros casos são assintomáticos.

A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e no número de cistos.

A síndrome acomete principalmente mulheres entre 30 e 40 anos, e o diagnóstico tornou-se mais preciso com a popularização do exame de ultrassom. Estima-se que no Brasil haja 2 milhões de mulheres com essa condição.

 

Sintomas de síndrome do ovário policístico

  • Alterações menstruais: podem ser de vários tipos. Em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por ano. Mas também pode haver tanto menstruação intensa como ausência de menstruação;
  • Hirsutismo: aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen;
  • Obesidade: há tendência à obesidade, sendo que ganho significativo de peso piora a síndrome;
  • Acne: em virtude da maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;
  • Infertilidade;
  • Também pode haver queda de cabelo e depressão.

        Veja também: 5 causas frequentes de infertilidade

 

Causas da síndrome do ovário policístico

Não foi estabelecida ainda a causa específica da síndrome do ovário policístico. Sabe-se que 50% das mulheres com essa síndrome têm hiperinsulinismo e o restante apresenta problemas no hipotálamo, na hipófise, nas adrenais e produz maior quantidade de hormônios masculinos.

 

Tratamento da síndrome do ovário policístico

Como se trata de uma doença crônica, o tratamento da síndrome do ovário policístico atua nos sintomas. O tratamento vai depender da fase da vida da mulher e quais sintomas mais a incomodam no momento.

No caso de adolescentes que têm obesidade, problemas de pelos, acne e alterações menstruais, a recomendação é a perda de peso – às vezes, essa é a única forma de reverter o quadro, porque a obesidade pode gerar resistência à insulina, o que aumenta a produção de hormônios masculinos.

Quando não há obesidade associada, a atenção se volta para a redução desses hormônios masculinos, o que normalmente é feito através do uso de pílulas anticoncepcionais, que também atuam na regulação da menstruação, redução do crescimento de pelos e da acne.

Para os casos de infertilidade, podem ser usados indutores de ovulação ou tratamentos hormonais (que também atuam na regulação do ciclo menstrual). Além disso, é possível, ainda, fazer a cauterização dos cistos por laparoscopia.

Como há tendência ao ganho de peso, o tratamento pode incluir medicamentos para prevenir diabetes e colesterol alto.

        Veja também: O que a menstruação diz sobre a sua saúde

 

Recomendações para lidar com a síndrome do ovário policístico

  • Consulte regularmente seu ginecologista. Não deixe de fazer os exames ginecológicos e outros que ele possa indicar;
  • Não se descuide. Mulheres com ovário policístico correm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares na menopausa;
  • Caso desejem, mulheres com ovários policísticos podem realizar procedimentos para remoção de pelos, como eletrólise, laser, entre outros;
  • Controle seu peso, principalmente com dietas com baixo teor de carboidratos. A obesidade agrava os sintomas da síndrome do ovário policístico, além de por si só causar uma série de complicações;
  • Atividade física por pelo menos 30 minutos, cinco dias por semana, é essencial, tanto para manutenção do peso ideal como para prevenir problemas cardiovasculares.
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