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Qual é o papel do farmacêutico?

Entenda quais são as competências de um farmacêutico e como ele pode atuar na área da saúde.
Publicado em 27/12/2024
Revisado em 19/12/2024

Entenda quais são as competências de um farmacêutico e como ele pode atuar na área da saúde.

O farmacêutico é um profissional especializado em medicamentos, remédios e fármacos, atuando desde o desenvolvimento até o uso e dispensação desses itens. Mas engana-se quem pensa que ele só pode trabalhar atrás do balcão das farmácias.

Qual é a formação acadêmica de um farmacêutico?

A formação desse profissional é pelo curso superior em Farmácia, que dura cinco anos. Ao longo da graduação, o farmacêutico irá estudar conceitos de medicina, física, química, botânica e processos industriais. Ao receber o diploma, este deve ser reconhecido pelo Ministério da Educação, o MEC. Em seguida, o profissional deve se registrar no Conselho Regional de Farmácia do estado onde trabalha para ser autorizado a atuar.

Mais tarde, o farmacêutico pode optar por realizar uma pós-graduação, a fim de se especializar em uma linha específica de atuação na área. Algumas delas são: homeopatia, oncologia, vacinação, estética, prescrição farmacêutica, acupuntura, entre outras.

Atuação dentro e fora dos balcões

“Hoje, o farmacêutico tem um leque de opções muito grande. Essa ideia de que ele só tem que ficar atrás do balcão de uma farmácia, laboratório ou hospital é uma coisa ultrapassada”, afirma o farmacêutico homeopata Jamar Tejada.

Além da tradicional farmácia clínica, esse profissional pode exercer a sua função em:

  • Análises clínicas, realizando exames laboratoriais e toxicológicos;
  • Cosmetologia e estética, desenvolvendo e testando produtos de beleza;
  • Perícia criminal, identificando criminosos através de exames ou investigando crimes relacionados a medicamentos;
  • Indústria alimentícia, garantindo o controle de qualidade de alimentos para consumo.

Veja também: Procedimentos permitidos e proibidos em farmácias

Como o farmacêutico pode ajudar você?

Por outro lado, o trabalho do farmacêutico presente nas farmácias é fundamental, seja na rede pública ou privada. Grande parte dos postos de saúde, por exemplo, conta com um profissional da área.

“A função principal de um farmacêutico é a garantia de acesso a medicamentos seguros e eficazes. O que significa isso? Significa orientar o paciente sobre aquela prescrição médica, nutricional ou de outros profissionais, como o dentista”, explica Jamar.

Na prática, o farmacêutico é o responsável por orientar sobre reações adversas ao medicamento e interações medicamentosas, avaliar possíveis erros de dosagem, incentivar a adesão ao tratamento e apresentar oportunidades de redução de custos ao paciente.

Desde 2013, a Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) n° 585/13 garante ainda a possibilidade de o farmacêutico prescrever medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica que não exijam prescrição médica. É o caso de analgésicos, antialérgicos, relaxantes musculares, entre outros. No entanto, em novembro de 2024, o juiz Alaôr Piacini, da 17° Vara Federal Civil da Justiça no Distrito Federal, declarou a resolução ilegal em todo o país, alegando que a prescrição de qualquer medicamento só pode ser feita por um médico.

 O CFF defende a importância da prescrição farmacêutica, chamando atenção para os altos índices de automedicação entre os brasileiros, e recorreu na justiça contra a decisão. O processo ainda está em andamento.

“O farmacêutico tem o conhecimento, por exemplo, para ver se a pessoa está gripada e indicar um antitérmico. Se a pessoa está com uma alergia, rinite ou sinusite, ele pode dar uma ajuda básica, ensinar a fazer uma lavagem nasal, indicar um antitérmico específico. Não tem necessidade de a pessoa ficar horas em um posto de saúde. Passa na farmácia, tem o atendimento, sai com o medicamento e já trata. Para mim, a atuação do farmacêutico, acima de tudo, é uma questão de saúde pública”, opina o especialista.

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