Em geral, qualquer pessoa entre 16 e 69 anos pode fazer uma doação, mas algumas condições são impeditivas. Veja aqui quem não pode doar sangue.
No dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, somente 1,6% da população brasileira – cerca de 3,36 milhões de habitantes – tem o hábito de doar sangue de maneira rotineira. Embora esteja dentro dos padrões estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal seria que 3% da população fosse doadora, com o objetivo de suprir toda demanda. Até quatro vidas podem ser salvas com cada doação de sangue. Em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, está convocando a população a doar sangue constantemente, principalmente dos tipos de sangue O+, O-, A- e B-, que estão em situação crítica no estoque.
Na hora de doar, todos passam por uma entrevista que tem como objetivo dar mais segurança ao doador e aos pacientes que vão receber a doação. O sangue doado é testado para doenças como hepatite B, hepatite C, HIV, sífilis e doença de Chagas. A quantidade de sangue colhida não afeta a saúde do doador e a recuperação é imediata. De acordo com a Fundação Pró-Sangue de São Paulo, o volume total de sangue a ser doado não pode exceder 8 ml/kg do peso do doador, no caso das mulheres, e 9 ml/kg dos homens. O volume máximo admitido para uma doação de sangue é de 450 ml, aos quais podem ser acrescentados até 30 ml para realização dos exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas.
Para doar é necessário estar em boas condições de saúde, alimentado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas antes da doação e levar documento oficial com foto. Os homens podem doar até quatro vezes por ano, com intervalo mínimo de dois meses. Já as mulheres podem doar três vezes, com intervalo necessário de três meses, no mínimo. Qualquer pessoa entre 16 e 69 anos podem doar, desde que não estejam impossibilitados de acordo com os critérios a seguir.
Pessoas que não podem fazer a doação de sangue
- Quem teve hepatite após os 10 anos de idade;
- Quem não doou sangue pela primeira vez até os 60 anos;
- Com peso inferior a 50 quilos;
- Com anemia, malária, doença de chagas, HIV, graves problemas no pulmão, coração, rins, fígado ou de coagulação no sangue, com doenças associadas aos vírus HTLV I e II, Hepatites B ou C;
- Pressão alta ou baixa no momento da doação;
- Que recebeu enxerto de dura-máter;
- Com diabetes;
- Pessoas que já tiveram algum tipo de câncer, leucemia, tuberculose, elefantíase, hanseníase, leishmaniose visceral, brucelose, esquistossomose hepatoesplênica;
- Com doenças que gere inimputabilidade jurídica (doença mental ou desenvolvimento mental incompleto);
- Que fazem uso de drogas injetáveis;
- Gestantes ou lactantes.
Existem muitas outras condições temporárias que também impedem a doação. Você pode conferir no site da Fundação Pró-Sangue.
É importante lembrar que é possível doar cada componente sanguíneo separadamente, como plaquetas, hemácias, leucócitos e plasma. Também é possível entrar na lista de espera para doação de medula óssea e aguardar a necessidade de algum paciente compatível.
Vídeo: Conheça a rotina da Fundação Pró-Sangue, de São Paulo