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Doenças e sintomas

Hiperidrose (suor excessivo)

Mulher secando as mãos por suar demais, devido à hiperidrose
Publicado em 26/04/2011
Revisado em 22/10/2021

Sudorese excessiva e constante caracteriza os quadros de hiperidrose, que podem aparecer na infância, adolescência ou na idade adulta.

 

A produção de suor é regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático e tem relação direta com o controle da temperatura do organismo. Sudorese excessiva e constante provocada por hiperatividade das glândulas sudoríparas caracteriza os quadros de hiperidrose, que podem aparecer na infância, adolescência ou na idade adulta.

A hiperidrose pode ser primária, também chamada de essencial, ou secundária, quando aparece em decorrência de outras doenças, entre elas hipertireoidismo, diabetes, obesidade e alterações hormonais.

Elevação da temperatura-ambiente, prática de exercícios físicos, reações emocionais e psicológicas podem explicar o aumento na produção de suor, mas não a hiperidrose primária, uma doença com características genéticas e diretamente relacionada com o estresse e a instabilidade emocional. A incidência é maior em pessoas da mesma família.

A enfermidade parece acometer mais as mulheres (60%) do que os homens (40%). Esses números, porém, são questionáveis, uma vez que elas costumam procurar atendimento com mais frequência do que os homens.

 

Veja também: Leia uma entrevista sobre hiperidrose

 

Sintomas

 

A hiperidrose pode manifestar-se nas mãos, pés, axilas, rosto, sob as mamas, na região inguinal e no couro cabeludo, partes do corpo que contém maior número de glândulas sudoríparas. Nas hiperidroses primárias de fundo emocional, os sintomas desaparecem durante o sono ou sedação.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico é clínico baseado nos sintomas, na história do paciente e deve avaliar a hipótese de hiperidrose secundária provocada por alguma doença de base.

 

Tratamento

 

O tratamento costuma ser clínico ou cirúrgico. Nos casos mais leves, podem ser indicados medicamentos por via oral e de uso tópico. A aplicação de toxina botulínica (botox) também ajuda a controlar a sudorese excessiva.

Quadros mais graves, porém, podem exigir intervenção cirúrgica para a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia) por via videoendoscópica.

 

Recomendações

 

  • A hiperidrose não é uma doença grave, mas pode comprometer qualidade de vida e ter implicações nas atividades sociais, escolares ou profissionais. Procure assistência médica para fazer o tratamento indicado para seu caso;
  • Tratar a hiperidrose é uma forma de corrigir a produção excessiva de suor, mas não vai acabar com o estresse nem com a instabilidade emocional. Não se recuse a encarar um acompanhamento psicoterápico;
  • A cirurgia para controle da hiperidrose é realizada através de duas pequenas incisões, quase não deixa cicatrizes e pode representar a cura definitiva para os casos graves da doença.
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