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Doenças e sintomas

Derrame pleural (água na pleura)

Raio x mostrando derrame pleural em pulmão direito.
Publicado em 05/07/2011
Revisado em 19/04/2023

Derrame pleural tem como causas mais comuns a falta de algumas proteínas que ajudam a manter a água dentro dos vasos sanguíneos e a obstrução de canais responsáveis pelo escoamento do líquido pleural. 

 

A pleura é uma membrana delicada que recobre o pulmão pelo lado de fora (pleura visceral) e a superfície interna da parede torácica (pleura parietal). Entre as duas pleuras, existe uma camada muito fina de líquido, que facilita o deslizamento suave dos pulmões dentro da caixa torácica quando eles se enchem e esvaziam de ar.

O derrame pleural, ou água na pleura, é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido no espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. De acordo com a composição química, ele pode ser classificado em:

  • Transudato ou aquoso, quando não há lesão no espaço pleural nem sinal de células inflamatórias. É mais líquido e transparente;
  • Exsudato ou rico em proteínas, causado pelo aumento da permeabilidade dos vasos e com presença de células em decomposição. É mais viscoso e opaco.

Também existem classificações de acordo com o tipo de substância que se encontra no espaço entre as pleuras:

  • Sangue (hemotórax): Geralmente causado por lesão na região do tórax;
  • Linfa (quilotórax): A presença de líquido linfático geralmente está relacionada por uma lesão ou obstrução de um vaso linfático do pulmão;
  • Pus (empiema): Normalmente devido a uma infecção;
  • Urina (urinotórax): Pouco frequente, pode acontecer se o paciente estiver com drenos para urina nos rins e houver obstrução desses dispositivos.

O derrame pleural não deve ser confundido com a chamada “água no pulmão” (edema pulmonar), condição caracterizada pelo acúmulo de líquido dentro do pulmão, e não no espaço entre as pleuras.

 

Causas de derrame pleural

 

As causas mais comuns dos derrames pleurais são a falta de algumas proteínas que ajudam a manter a água dentro dos vasos sanguíneos e a obstrução de canais responsáveis pelo escoamento do líquido pleural.

Câncer, infecções como pneumoniapancreatite tuberculose, artrite reumatoide, sangramentos, lúpus, doenças cardíacas, renais ou hepáticas, como a cirrose. Cóagulos nos vasos do pulmão (embolia pulmonar) são também causas possíveis da enfermidade.

A cor do líquido em excesso pode ser o primeiro indicativo da causa. Quando é claro, há maior chance de se tratar do tipo aquoso, que pode apontar causas externas ao pulmão, como insuficiência cardíaca e cirrose. Já quando tem coloração de pus ou sangue, pode indicar infecções pulmonares, tumores e inflamações.

 

Sintomas do derrame pleural

 

Os sintomas do derrame pleural podem variar bastante. Os mais característicos são:

  • Falta de ar (dispneia), mesmo em repouso;
  • Cansaço ao realizar esforços;
  • Dor para respirar, especialmente nas inspirações profundas (a chamada dor pleurítica).

Em casos mais graves, pode ocorrer uma elevação entre as costelas, como se a pele estivesse sendo empurrada de dentro para fora.

Como o derrame pleural pode estar relacionado a diversas condições, outros sintomas, como febre, podem estar presentes devido ao problema que originou o derrame.

 

Diagnóstico de derrame pleural

 

O diagnóstico do derrame pleural tem como base o exame físico do paciente, radiografia de tórax e os resultados dos exames de sangue do líquido pleural, se necessário com toraconcentese (retirada do líquido por meio de punção) para realização de biópsia.

A vídeopleuroscopia e a angiografia por tomografia são outros exames que podem ser realizados, se os anteriores não forem conclusivos para o diagnóstico da causa do derrame.

 

Tratamento do derrame pleural

 

A maioria dos derrames pleurais é pequeno e se resolve em pouco tempo, com a absorção do excesso de líquido espontaneamente pelo próprio organismo. Mesmo nesses casos, é preciso encontrar a causa e tratá-la.

Quando o derrame causa sintomas, o tratamento é feito por meio da punção e inserção de um fino cateter entre as costelas inferiores com uso de sedação, para aspirar o excesso de líquido. Em alguns casos, é necessário que um tubo (dreno torácico) seja mantido para que a drenagem seja feita continuamente enquanto exames e outros procedimentos são conduzidos.

É essencial que seja realizado o diagnóstico e tratamento da doença que provocou o derrame, pois senão o problema irá voltar.

Exercícios de fisioterapia respiratória são fundamentais e devem ser introduzidos desde o início do tratamento. Entre outros benefícios, eles ajudam a acalmar os sintomas dolorosos e a aumentar a amplitude respiratória.

 

Recomendações

 

  • Procure assistência médica se sentir dor no peito ou dificuldade para respirar;
  • Fique longe do cigarro. Ele é um veneno também para as duas pleuras.

 

Perguntas frequentes sobre derrame pleural

 

O derrame pleural pode matar?

É incomum o derrame pleural ser uma causa de morte, visto que o tratamento dessa condição é bastante simples e eficaz. O risco de morte é mais relacionado ao problema que originou o derrame.

Causas

As causas mais comuns dos derrames pleurais são a falta de algumas proteínas que ajudam a manter a água dentro dos vasos sanguíneos e a obstrução de canais responsáveis pelo escoamento do líquido pleural. Tumores, infecções, sangramentos e doenças cardíacas, renais ou hepáticas são também causas possíveis da enfermidade.

Sintomas

Os sintomas do derrame pleural podem variar bastante. Os mais característicos são falta de ar (dispneia), mesmo em repouso; cansaço na realização de esforços; dor para respirar, especialmente nas inspirações profundas (a chamada dor pleurítica). Em casos mais graves, pode ocorrer uma elevação entre as costelas, como se a pele estivesse sendo empurrada para longe do tórax.

Diagnóstico

O diagnóstico do derrame pleural tem como base o exame físico do paciente e os resultados dos exames de sangue, do líquido pleural, da radiografia de tórax e, se necessário, da toraconcentese acompanhada de biópsia. A vídeopleuroscopia é outro exame que pode ser realizado, se os anteriores não forem conclusivos para o diagnóstico da causa do derrame.

Tratamento

A maioria dos derrames pleurais se resolve em pouco tempo, com o tratamento da doença que os provocou (pneumonia ou doença cardíaca, por exemplo). Entretanto, alguns casos requerem cirurgia ou a colocação de drenos no tórax.

Exercícios de fisioterapia respiratória são fundamentais e devem ser introduzidos desde o início do tratamento. Entre outros benefícios, eles ajudam a acalmar os sintomas dolorosos e a aumentar a amplitude respiratória.

Recomendações

* Procure assistência médica se sentir dor no peito ou dificuldade para respirar;

* Fique longe do cigarro. Ele é um veneno também para as duas pleuras.

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