Ilustração da hipófise, que produz o hormônio que pode causar acromegalia ou gigantismo
Publicado em 18/04/2011
Revisado em 11/08/2020

Acromegalia e gigantismo são doenças relacionadas ao excesso de produção do hormônio do crescimento (GH). A diferença está na fase da vida em que esse excesso é produzido. 

 

Acromegalia é uma doença crônica provocada por excesso de produção do hormônio do crescimento (GH) na vida adulta, fase em que as cartilagens de crescimento já estão fechadas. Se ele for produzido em excesso na infância ou puberdade, antes do fechamento dessas cartilagens, a doença é chamada de gigantismo.

Sem tratamento, portadores de acromegalia podem evoluir para uma forma grave da doença, em que surgem complicações e as taxas de mortalidade são altas. Presença de diabetes, de doença cardiovascular e de hipertensão são fatores agravantes do quadro.

 

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Causas

 

A causa da acromegalia é a produção exagerada do GH e do IGF-1 (Insulin Growth Factor). Em 98% dos casos, essa produção está associada à presença de tumores benignos na hipófise.

 

Prevalência

 

A doença é rara e acomete homens e mulheres indistintamente.

 

Sintomas

 

  • Mudanças na aparência física que podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento (crescimento de mãos e pés, alargamento da região frontal e da testa, queixo proeminente, espaçamento entre os dentes e perda dentária, aumento do volume do tórax, nariz, genitais e dos lábios);
  • Espessamento da pele que se torna oleosa e propensa à acne;
  • Sudorese abundante;
  • Alterações respiratórias, cardiovasculares, gastrintestinais, metabólico-endócrinas, músculo-esqueléticas, neurológicas e oftálmicas.

 

Diagnóstico

 

A suspeita de acromegalia baseada no quadro clínico e na aparência física pode ser confirmada pelos exames que medem os valores dos níveis de GH e IGF-1 no sangue. Uma vez estabelecido o diagnóstico, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética são exames indicados para detectar a presença de tumores na hipófise ou em outros locais do corpo.

 

Tratamento

 

  • Cirúrgico – quando os adenomas medem menos de 1cm, o índice de cura é de 80% a 90%. Quando medem mais, esse índice cai para menos de 50%. Se os níveis hormonais não voltarem ao normal depois da cirurgia, é necessário manter tratamento complementar com medicamentos. Lesão irreversível no tecido hipofisiário pode exigir reposição hormonal por toda a vida;
  • Radioterapia – apenas deve ser usada quando os tumores não podem ser removidos cirurgicamente, ou quando a cirurgia e o tratamento clínico não apresentam os resultados desejados;
  • Tratamento clínico – pode ser feito com agonistas dopaminérgicos e análogos da somatostatina. Nos últimos dez anos, a aplicação de octeotrida por via intramuscular tem sido a forma mais prescrita no tratamento da doença.

 

Recomendações 

 

  • Jamais interrompa o tratamento sem falar com o médico que o prescreveu;
  • Procure assistência médica imediatamente se observar, em si próprio ou em outra pessoa, alterações físicas como crescimento exagerado da estatura, das mãos e dos pés, ou aumento de volume do tórax, do nariz, dos genitais e dos lábios.
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