Conheça 6 maneiras de manter o coração saudável e veja o que evitar para não comprometer a saúde cardíaca na coluna de Mariana Varella.
As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e o sistema vascular – o conjunto de veias, artérias e capilares que transportam oxigênio para todo o corpo.
Doenças como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca são responsáveis por mais de 30% dos óbitos no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), essas doenças matam cerca de 400 mil pessoas por ano, ou seja, 46 óbitos por hora.
No entanto, o Ministério da Saúde afirma que 80% dessas mortes seriam evitáveis, se investíssemos em prevenção.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares são conhecidos e também estão relacionados a outras doenças. Vamos aos mais importantes:
- Idade: O risco de doenças cardiovasculares aumenta a partir dos 55 anos, quando os vasos sanguíneos começam a se enrijecer e o acúmulo de placas de gordura nas artérias ocorrido ao longo da vida passa a afetar a circulação sanguínea.
- Sexo: Os homens começam a desenvolver doenças cardíacas cerca de dez anos antes das mulheres. O estrogênio protege as mulheres contra as doenças cardíacas até a menopausa, quando as taxas desse hormônio feminino começam a cair e o risco cardíaco entre homens e mulheres passa a se igualar.
- Histórico familiar: O risco cardíaco é mais alto em quem tem pai ou irmão diagnosticado com doença cardíaca antes dos 55 anos ou tem mãe ou irmã que tenha recebido o diagnóstico antes de 65 anos.
- Colesterol: Quanto mais alta a taxa de colesterol, maior o risco.
- Pressão arterial: A pressão arterial mais alta que 120/80 mmHg aumenta o risco de doença cardiovascular.
- Peso: Sobrepeso e obesidade também estão relacionados a um risco mais alto de doenças cardiovasculares.
- Tabagismo: Qualquer quantidade de cigarro eleva o risco de infarto do miocárdio. O fumo passivo também.
- Diabetes: A doença aumenta muito a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas.
- Sedentarismo: A OMS considera que o sedentarismo será, durante o século 21, tão nocivo quanto o cigarro. A inatividade física está relacionada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
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Como manter a saúde do coração
Como dito anteriormente, a maioria dos casos de doenças cardiovasculares pode ser prevenida. Veja algumas medidas importantes para evitar essas doenças e manter o coração saudável:
- Cuide das doenças crônicas
Manter a pressão arterial e as taxas de colesterol sob controle e tratar o diabetes, por exemplo, ajudam a evitar eventos cardiovasculares relacionados a esses fatores de risco.
Assim, se você já recebeu o diagnóstico de uma doença crônica, trate-a adequadamente.
- Mantenha-se ativo
Os exercícios físicos ajudam a melhorar a função cardíaca, a manter o peso e a pressão arterial sob controle e a reduzir o estresse e as taxas de colesterol. A OMS recomenda a prática de 300 minutos de atividade física por semana, que pode ser dividida em 1 hora em 5 dias da semana ou 40 minutos diariamente, ou 150 minutos de exercícios físicos moderados ou intensos semanalmente. Crianças e adolescentes devem praticar 60 minutos de atividade física moderada a intensa 5 dias por semana.
- Alimenta-se bem
Mantenha uma alimentação baseada em grãos, vegetais, frutas e carnes magras e evite o consumo de gorduras saturadas, sal e açúcar refinado.
- Largue o cigarro
O cigarro é um fator de risco para inúmeras doenças, como infarto, AVC, vários tipos de câncer, DPOC, entre muitas outras. Estima-se que uma pessoa tente parar de fumar até sete vezes, antes de conseguir abandonar o cigarro definitivamente. Desse modo, peça ajuda médica, se precisar.
- Beba pouco ou nada de álcool
Baixar o consumo de álcool é muito importante, se você quiser cuidar da saúde do coração. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de pressão alta, AVC e cardiomiopatia. Não há, de acordo com a OMS, uma dose segura para o consumo de álcool. Qualquer dose pode acarretar aumento de risco para várias doenças e problemas de saúde.
- Faça consultas médicas regulares
Seu médico deverá realizar exames de forma individualizada, de acordo com seu risco de desenvolver doenças cardiovasculares. É importante, no entanto, fazer acompanhamento médico para detectar problemas de saúde antes de se tornarem graves.
Atenção aos sinais e sintomas
Por fim, não ignore sinais e sintomas que podem indicar alguma condição cardíaca. Se você desenvolver algum desses sintomas, procure um médico ou serviço de saúde:
- Falta de ar;
- Edema (inchaço) nas pernas;
- Dor no peito;
- Fadiga sem motivo aparente;
- Mudança repentina na tolerância à atividade física (se você se cansar ao realizar exercícios aos quais está acostumado, por exemplo);
- Palpitações;
- Confusão mental;
- Tontura.
Com informações do Ministério da Saúde, OMS e Cleveland Clinic