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Cozinhar em panelas de alumínio não é perigoso para a saúde

Cozinhar em panelas de alumínio é seguro, desde que elas estejam em boas condições. Saiba mais.
Publicado em 30/05/2025
Revisado em 30/05/2025

Cozinhar em panelas de alumínio é seguro, desde que elas estejam em boas condições. Saiba mais.

 

O alumínio é o metal mais abundante do planeta, presente em diversos objetos do nosso dia a dia, incluindo as panelas. Durante o preparo da alimentação, pode ser que partículas desse material se misturem aos alimentos, sendo ingeridos na hora de comer. Será, então, que isso justificaria jogar fora as panelas de alumínio?

 

Resíduos de panelas de alumínio estão abaixo do limite tolerável de ingestão

Antes de tudo, é preciso entender que estamos expostos ao alumínio a todo momento, seja através da inalação de partículas presentes no ar, da ingestão de resíduos contidos na água, em alimentos e medicamentos ou até mesmo através da absorção pela pele.

Segundo um relatório de cientistas organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 2011, a ingestão semanal tolerável provisória do alumínio seria de 2mg por kg de peso corpóreo por semana. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define como tolerável a dose de 1 a 7 mg/kg de peso corpóreo por semana.

Mas será que a quantidade de metal liberado em diferentes alimentos quando preparados em panelas de alumínio excede esse limite? Em 2007, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) fizeram o cálculo e descobriram que ela representa apenas 2% do limite definido pela OMS e pela FAO. Portanto, está bem abaixo do que é internacionalmente aceito e não representa risco para a saúde humana.

 

É seguro, mas não é a melhor opção

“A panela de alumínio em si pode, sim, liberar alumínio na comida. Principalmente se for usada com alimentos ácidos ou muito salgados. Se essa panela estiver amassada ou riscada, pode liberar mais alumínio. Guardar comida na panela também [não é boa opção]. O nosso organismo tem capacidade de eliminá-lo, mas pessoas com a saúde um pouco mais debilitada — gestantes, idosos, crianças — podem ter mais dificuldade”, explica a nutricionista Claudia Laskanski.

A principal preocupação, portanto, está na qualidade da panela. As de alumínio não devem estar amassadas ou riscadas, pois isso significa uma maior liberação de metal nos alimentos. 

Aquelas que possuem uma camada protetora, chamadas de anodizadas, são mais seguras, pois têm uma barreira entre as paredes e os alimentos. Mas o ideal seria dar preferência para panelas de inox, cerâmica, vidro ou ferro. Esses materiais evitam a proliferação de bactérias e não transferem resíduos para os alimentos.

“E, sempre que possível, usar potes preferencialmente de vidro para evitar também a liberação de substâncias do plástico nos alimentos”, acrescenta a especialista.

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