O hip-hop é uma cultura que nasce com esse objetivo, de mudar vidas. O hip-hop me obrigou a estudar, a ter conhecimento.
Dexter, o Oitavo Anjo, é um rapper brasileiro com mais de 30 anos de carreira na música. Ele conta que foi criado na região de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Filho adotivo, só descobriu que os pais não eram seus pais biológicos aos 7 anos de idade.
“Completei 7 anos e ela contou pra mim sobre eu ser filho de uma outra mulher e não exatamente dela. […] Eu passei a ter muito orgulho da minha mãe por ter me pegado pra criar.”
O rapper fala que seu contato com a música existe desde a infância. Sua mãe acordava cedo e ligava o rádio no Zé Béttio, e as canções que tocavam no programa lhe faziam bem e ele costumava imitar cantores e radialistas. Foi assim que conheceu Luiz Ayrão, Chitãozinho e Xororó e Trio Parada Dura.
Mas encontrou o Rap por outro caminho: Aos 17 anos, ele conheceu o pai biológico e, através da família paterna, passou a ter contato com o hip-hop, criando um grupo com seu primo.
Dexter conta que a música “Saudades Mil”, do famoso grupo 509-E, gerou um canal de comunicação entre as pessoas dentro e fora do sistema carcerário, além de fazer as pessoas receberem visitas.
“Aconteceu um fenômeno gigantesco nas rádios. As pessoas ligavam para a rádio pedindo a música e também mandando ‘salve’ para os seus parentes que estavam lá dentro. Passaram a prestar atenção nas pessoas que estavam lá dentro.”
Quer conhecer mais sobre o Dexter? Assista ao Trocando Ideia.
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