Entre uns “acharem que foi ele sem ver” e outros “verem que não foi ele”, Paulão aguardava o julgamento por assassinato no Carandiru.
Na cadeia, as alegações de inocência são frequentes. Os presos culpam a mulher ingrata, o advogado trapaceiro, os policiais mal-intencionais ou o azar.
Enquanto trabalhava na enfermaria do Carandiru, dr. Drauzio conheceu Paulão, um presidiário de 40 anos que vivia levando café fresco, forte e amargo para o médico. Paulão aguardava o julgamento pelo assassinato do homem que matou o seu irmão. Segundo ele, ninguém poderia negar a sua inocência, mas a culpa acabou caindo em seu colo.
Ouça nesta história do livro Estação Carandiru (1999).
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