A disautonomia é um transtorno provocado por alterações do sistema nervoso autônomo, quando um desequilíbrio afeta as funções involuntárias que ajuda a coordenar.
O sistema nervoso autônomo (SNA), também conhecido por sistema nervoso vegetativo, é responsável pelo controle de funções que independem da nossa vontade, como a respiração, circulação do sangue, batimentos cardíacos, digestão, pressão arterial, temperatura do corpo.
O SNA é dividido em diferentes conjuntos de nervos que constituem os sistemas nervosos simpático e parassimpático. Esses dois sistemas agem sobre os mesmos órgãos, mas com funções opostas, antagônicas. Ou seja, as reações que o simpático estimula diante de situações ambientais de estresse ou ameaça (ex: aumento dos batimentos cardíacos), o parassimpático alivia, a fim de estabilizar o organismo (ex: redução do ritmo cardíaco).
Disautonomia é um transtorno provocado por alterações do sistema nervoso autônomo, quando um desequilíbrio do sistema simpático/parassimpático afeta as funções involuntárias que ajuda a coordenar. Algumas situações favorecem o aparecimento desses episódios. Por exemplo: depois de ter permanecido muito tempo em pé, caminhado muito devagar, ou levantado da cama de repente, a pessoa é tomada por uma sensação de desfalecimento, porque o retorno venoso para o coração se torna mais lento e menos oxigênio chega ao cérebro. A disautonomia é uma desordem do sistema nervoso autônomo que pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais as frequente nas mulheres do que os homens.
Causas
Entre as causas da disautonomia (ainda não totalmente esclarecidas), podemos destacar: fatores genéticos e hereditariedade, doenças virais, autoimunes (diabetes, síndrome de Sjögren), cardiovasculares e neurológicas degenerativas (mal de Parkinson), fibromialgia, exposição a produtos químicos, traumatismos especialmente na cabeça.
A disautonomia pode ser uma condição primária ou secundária. Neste caso, é um sintoma associado a doenças, como diabetes, alcoolismo, tumores, doenças metabólicas e autoimunes, entre outras.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com a doença de base e em função dos órgãos afetados pelo desequilíbrio simpático/parassimpático. Os mais comuns são:
- Fadiga extrema;
- Taquicardia;
- Tontura;
- Dor de cabeça;
- Dormência;
- Comprometimento da função motora;
- Visão turva;
- Boca seca;
- Pouca tolerância a exercícios;
- Angina;
- Distúrbios gastrintestinais;
- Alterações da pressão arterial;
- Impotência;
- Desmaios;
- Crises de ansiedade;
- Infarto do miocárdio indolor;
- Parada cardiorrespiratória.
O sintoma mais frequente costuma ser a sensação de cansaço intenso, especialmente no período da tarde. Entretanto, diferentes sinais do transtorno podem surgir durante a evolução da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico da disautonomia baseia-se nos sintomas (que variam muito de acordo com o órgão afetado) e na avaliação do funcionamento do sistema nervoso autônomo. Os seguintes testes são úteis para estabelecer o diagnóstico: Tilt Test, ou da mesa inclinada, manobra de Valsalva, teste da frequência cardíaca,
Tratamento
Ainda não se conhece a cura para a disautonomia. O tratamento é complexo e se volta para aliviar os sintomas característicos das diferentes formas do transtorno. Alguns medicamentos têm-se mostrado eficazes nesse sentido.
Recomendações
- Evite permanecer em pé, ou sentado na mesma posição por muito tempo, ou caminhando vagarosamente como acontece nos shopping centers ou nos corredores dos supermercados;
- Faça refeições menores e mais frequentes para evitar o acúmulo de sangue no aparelho digestivo e beba bastante líquido;
- Pratique exercícios aeróbicos para fortalecer o tônus muscular;
- Use meias elásticas para estimular a circulação dos membros inferiores.