Fraturas de vértebras só costumam ser percebidas quando é pedido o exame de raios X de coluna de alguém que se queixa de dor nas costas.
Fraturas de vértebras costumam passar despercebidas. Elas são as manifestações mais frequentes da osteoporose que se instala depois da menopausa e nos homens de idade.
Ao contrário de outras fraturas, o diagnóstico poucas vezes é feito no momento em que a vértebra trincou, elas costumam ser identificadas quando é pedido o exame de raios X de coluna para alguém que se queixa de dor nas costas.
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As vértebras mais suscetíveis são as da transição entre a coluna torácica e a lombar e aquelas situadas na parte média da coluna torácica.
Apesar de algumas serem assintomáticas, outras, especialmente as múltiplas, provocam dor crônica, restringem a movimentação, comprometem a qualidade de vida e aumentam o risco de morte, porque ocorrem em pessoas que já apresentam complicações clínicas e maior probabilidade de fraturar ossos como o fêmur.
Nas mulheres, a primeira fratura de vértebra costuma acontecer logo depois da menopausa. Na faixa etária dos 50 aos 59 anos, a prevalência nas mulheres brancas é de 5% a 10%; depois dos 80 anos, chega a 30%. Mulheres negras, asiáticas e os homens correm risco menor.
Algumas condições aumentam o risco: cigarro, vida sedentária, história de outras fraturas e de quedas, uso de derivados da cortisona e doenças como a artrite reumatoide, a doença de Crohn (que provoca quadro inflamatório crônico no intestino) e a doença pulmonar obstrutivo-crônica.
A diminuição da estatura com a idade, também guarda relação com o risco. Apresentam fraturas vertebrais 14% a 26% das pessoas que perderam 4 cm ou mais em relação à altura dos 25 anos.
A densidade do tecido ósseo pode ser avaliada por meio de um exame de imagem: a densitometria óssea. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.
Nos casos de osteoporose, a maioria dos especialistas costuma prescrever suplementação de cálcio, vitamina D e um bisfosfonato (geralmente alendronato) para reduzir o risco de fraturas.
Mais de um terço das mulheres em menopausa que sofrem fraturas de vértebras, caem na faixa de osteoporose. Das que apresentam osteopenia depois dos 60 anos, 14% a 18%.
O diagnóstico geralmente é feito com radiografias simples da coluna torácica e lombar. Em alguns casos, pode haver necessidade de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética.
A dor é quase inexistente, fraca ou intensa a ponto de exigir internação hospitalar. As drogas mais empregadas para combatê-la são os anti-inflamatórios, os analgésicos (dipirona, paracetamol, tramadol, etc.), os adesivos transdérmicos contendo opioides e até os antidepressivos tricíclicos.
Embora os estudos sejam limitados, a reabilitação com exercícios para aumentar a força dos músculos que dão suporte à coluna, melhorar o equilíbrio e a mobilidade, parece acelerar a recuperação.
O uso de coletes ortopédicos rígidos ou não também não foi avaliado adequadamente. Um estudo com pequeno número de casos mostrou que usar um colete rígido durante o dia, por 6 semanas, ou um colete não rígido por 2 horas diárias durante 24 semanas, reduz a dor e melhora a movimentação.
A vertebroplastia (procedimento através do qual o corpo da vértebra é reforçado com um tipo de cimento cirúrgico) tem sido preconizada por muitos ortopedistas para controlar a dor e reduzir os dias de internação, nos casos mais agudos. Os resultados dos estudos, no entanto, têm sido conflitantes.
Como a osteoporose aumenta o risco de fraturas, todos os manuais aconselham suplementação com cálcio mais vitamina D. Entretanto, nenhum trabalho conduzido com rigor científico demonstrou a eficácia desse tratamento na prevenção.
Por outro lado, ensaios clínicos bem desenhados obtiveram redução de risco de fraturas associado ao uso de diversos medicamentos: bisfosfonatos, paratormônio, calcitonina, raloxifeno, denosumab e outros.
Nos casos de osteoporose, a maioria dos especialistas costuma prescrever suplementação de cálcio, vitamina D e um bisfosfonato (geralmente alendronato) para reduzir o risco de fraturas.